PT se reúne para discutir a difícil Reforma da Previdência

A Direção Nacional do Partido dos Trabalhadores (PT) do presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, começou neste sábado uma reunião de dois dias com o difícil objetivo de conseguir a total aceitação da controvertida Reforma da Previdência proposta pelo governo e que já está rendendo uma greve por tempo indeterminado dos servidores públicos.

No início da reunião em São Paulo, o presidente do PT, José Genoíno, deixou claro o objetivo: "cerrar fileiras" em torno da reforma da previdência que esta semana entrou em uma espiral de contradições depois de uma oferta do governo de voltar atrás diante das fortes pressões, que não são poucas, inclusive, em seu partido.

O objetivo de "cerrar fileiras" significa que os parlamentares do PT se comprometem a votar sem restrições o que o governo propor. Mas isto parece uma utopia. "Nem a corrente majoritária do partido tem consenso para cerrar fileiras sobre a reforma" considerada prioritária pelo governo de esquerda de Lula para deter a sangria das contas públicas, afirmou a AFP o deputado Ivan Valente.

Também o secretário-geral da Central Única de Trabalhadores (CUT), João Felício, disse que a reforma "não agrada a ninguém" e que se não retifica, o governo "jamais contará com o apoio da CUT".

Esta semana um furacão sacudiu o projeto governamental de reforma e o difícil equilíbrio de apoio ao governo. Ao mesmo tempo, os funcionários do estado deram início a uma greve, por tempo indefinido, com adesão irregular e que o sistema judicial amplia as pressões contra a imposição de um limite a suas gigantes pensões. Porta-vozes do PT e do governo sugeriram disposição a revisar pontos-chave, como ampliar o teto e respeitar salários integrais como pensões.