As rédeas do Tio Sam

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Publicado Terça, 25 de Abril de 2017 às 12:02, por: CdB

Quando Cabral aqui chegou tomou posse do lado português sem sequer saber que pouco além da costa já teria outro rei a quem teria de ceder sua obra.  Hoje as coisas se fazem com mais calculo de vantagens

 

Por Maria Fernanda Arruda - do Rio de Janeiro

 

Antes de ser oficialmente descoberto o Brasil foi dividido. Casas reais de Portugal e Castela, se reuniram em Tordesilhas e combinaram quem ficaria com o quê. Nessa era, sem grande avanço de técnica e até geografia, já tinham a expertise ministrada pela Inglaterra para suas navegações e conquistas territoriais.

tio-sam.jpgA síndrome da colonização expõe o Tio Sam ao ridículo, mas isso não muda em nada a realidade brasileira

Quando Cabral aqui chegou tomou posse do lado português sem sequer saber que pouco além da costa já teria outro rei a quem teria de ceder sua obra.  Hoje as coisas se fazem com mais calculo de vantagens. Os discípulos de John Bull, já sobrinhos do Tio Sam, preferiram estudar antes para não comprar gato por lebre.

Mão beijada

Embora tivessem ciência e segurança de seu poder, ao sentirem que um único heroi os pôs fora de Cuba, trataram de avaliar a índole dos habitantes de suas reservas. Em 1964 deram missão a um coronel (Walters) para excursionar e examinar o grau de resistência dos locais.

Afinal a História tinha registro de um tal Simon Bolívar e não convinha facilitar. Mas nem precisou de muito empenho. Os locais, garbosos fardados e cantores de hinos sonoros, nada enfrentavam. Deram de mão beijada tudo.

Fizeram um levantamento geral, transferiram índios para bem examinar até o subsolo, e colocaram tudo em seu computador.  Estavam na aferição de calculo de custo/benefício quando surgiu noticia do pré-sal. Aí viram que não mais poderiam esperar. Haveria risco de mais algum 'aventureiro colocar a coroa na cabeça" antes.

Preço de 'atacado'

Só que haveria custos - os locais haviam aprendido nesse ínterim que poderiam ganhar algum nas vendas. Tinham tido lição com um 'maledeto' fhc, que lucrara muito...Montaram assim mais meios para essa ocupação (+ dinheiro para compra dos silvicolas aculturados). Tiveram de recorrer aos Soros (que nem era norte-americano) e combinaram com Israel que tinha burras e, talvez, alguns burros.

Assim, com meios abundantes, tudo compraram. Serviram-se de um trêfego togado de esculca, para abrir-lhes as portas e compraram a casta inteira por preço de 'atacado'. Alguns parlamentares foi como enganar criança usando uma ferramenta como cunha, arrombaram todos os himens de todos!

Foram mais vivos do que os portugueses que convidaram espanhóis para divisão do butim. Valeram-se dos olhos fechados dos chineses que também teriam meios, e ficaram com tudo. Como os de Israel preferem jogar nos bastidores para não expor fama de sugadores que os acompanha, ficaram os sobrinhos do Tio Sam com as rédeas.

E, à vontade, montam o cavalo manso, com pré doma feita em 64, e que até hoje lhes presta continência em posição de ‘Yes, mem’ ou ‘Yes, mister’!

Maria Fernanda Arruda é escritora, ativista digital e colunista do Correio do Brasil.
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Edição digital

 

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