Publicado Segunda, 01 de Outubro de 2018 às 09:53, por: CdB
O WOW começou em 2010 no centro cultural Southbank Centre, em Londres, idealizado pela produtora britânica Jude Kelly, e atualmente é replicado em 17 cidades de cinco continentes.
Por Redação, com ABr - do Rio de Janeiro
O Rio de Janeiro vai receber, entre os dias 16 e 18 de novembro - o Festival Mulheres do Mundo, WOW, da sigla em inglês para Women of the World e também uma brincadeira com a expressão linguística que representa entusiasmo e admiração, como uau em português.
Museu do Amanhã sediará parte da programação do Festival Mulheres do Mundo
O WOW começou em 2010 no centro cultural Southbank Centre, em Londres, idealizado pela produtora britânica Jude Kelly, e atualmente é replicado em 17 cidades de cinco continentes.
Pela primeira vez ocorre na América Latina e foi um dos temas debatidos no II Diálogo Mulheres em Movimento – Alianças e Ações Coletiva, na semana passada no Rio.
Segundo uma das organizadoras do festival no Rio, Shirley Villela, que é coordenadora da Casa Mulheres da Maré, o WOW sempre é proposto e liderado por uma organização social da cidade que vai receber o evento.
No caso do Rio, foi a Organização Não Governamental (ONG) Redes da Maré, que participou da edição de Londres este ano.
– A ideia é que as cidades se apropriem disso. Ele foi criado como um momento de celebração dos avanços e das conquistas das mulheres. Não que não haja mais conquistas a serem alcançadas. Há muito o que celebrar e há muito o que lutar por. Ao mesmo tempo, ele está celebrando e está demonstrando o quanto a gente precisa caminhar. A intenção do festival e de toda a programação é baseada nisso – explica Shirley.
Boulevard Olímpico
O Festival Mulheres do Mundo vai ocupar toda a região da Praça 15 e parte do Boulevard Olímpico, na região portuária, com atividades no Museu de Arte do Rio (MAR) e no Museu do Amanhã, ambos na Praça Mauá, “tudo acontecendo ao mesmo tempo, você tem que fazer escolhas de onde vai estar naquele momento”, diz ela.
– No Southbank tudo acontece dentro de uma mesma estrutura. Aqui, a nossa experiência vai ser absolutamente diferente. Vai ter coisa acontecendo no Museu do Amanhã, ao mesmo tempo tem coisa no MAR, a feira vai estar ali rolando, o píer vai estar bombando para jovens e adolescentes, com o ativismo digital no Espaço Youtube. Ao mesmo tempo vai ter uma oficina aqui, um espetáculo de dança na praça, um painel de diálogo lá dentro discutindo racismo e xenofobia – revela.
Serão quatro vertentes de interação no evento. Dentro do primeiro tipo, de painéis de diálogos, haverá mesas de debates sobre temas específicos com convidadas de todo o mundo e locais; partilhas de trajetória, com duas ou três mulheres contando sua trajetória em 15 minutos e estimulando que outras mulheres na plateia partilhem suas histórias; e as mentorias, com conversar em pares.
Moda, artesanato e serviços
Para o empreendedorismo, um edital selecionou 150 mulheres que participarão do mercado na praça, expondo moda, artesanato e serviços. O ativismo, com os movimentos sociais, acontecerá no mesmo espaço do mercado.
– A pessoa está comprando um vestido, uma bolsa, e vai ter uma ONG do lado falando sobre violência contra a mulher, distribuindo um folheto. A ideia é que esteja um pouco misturado – diz Shirley.
Por fim, a parte artística e cultural terá pequenas apresentações em meio à praça, como teatro, dança ou circo, além de um grande show para encerrar cada dia.
Já foram confirmadas 73 convidadas locais, 48 nacionais e 28 internacionais, dos mais diversos campos de atuação, como literatura, ativismo social, jornalismo, música e esporte. A programação completa ainda não foi fechada e será disponibilizada na página do festival na internet.