Pelo menos 20 jovens sul-africanos morreram desde o início de junho depois de passarem por um ritual de circuncisão, disseram autoridades nesta terça-feira.
A polícia da província de Eastern Cape disse que cinco homens que supostamente realizaram as circuncisões foram presos em conexão com as mortes, desde a "temporada" para a tradicional iniciação, que começa em junho.
A circuncisão é vista como um ritual de iniciação masculina pela tribo Xhosa, mas é geralmente limitada a áreas rurais como as de Eastern Cape, onde rituais tradicionais são bastante praticados. As complicações incluem infecção e perda de sangue.
O porta-voz do Departamento de Saúde da província de Eastern Cape, Sizwe Kupelo, disse que mais meninos precisaram de tratamento hospitalar. "Há atualmente 170 iniciados nos hospitais. O número deve aumentar", disse Kupelo.
Autoridades da África do Sul haviam conseguido diminuir o número de mortes por circuncisão, introduzindo uma lei em 2001 exigindo que escolas para iniciados tivessem uma licença e permitindo que as circuncisões fossem feitas somente em jovens maiores de 18 anos. Mas Kupelo disse que as mortes recentes eram de garotos com 11 anos ou menos.