Rússia e China emparedam tentativa de golpe promovida por norte-americanos, na Venezuela

Arquivado em:
Publicado Sábado, 26 de Janeiro de 2019 às 17:15, por: CdB

A Rússia se opõe energicamente a esses esforços dos EUA e afirmou que Washington está apoiando uma tentativa de golpe.

 
Por Redação - de Nova York, EUA
  A Rússia e a China, contando com o apoio da África do Sul e Guiné Equatorial bloquearam, neste sábado, uma tentativa dos Estados Unidos de aprovar uma Declaração do Conselho de Segurança da ONU expressando total apoio à Assembléia Nacional da Venezuela como a única "instituição democraticamente eleita" do país.
onu-cs-e1519513977750.jpg
O Conselho de Segurança da ONU integra as nações mais armadas e perigosas da Terra
A decisão veio antes da reunião do órgão de 15 membros no sábado, a pedido dos EUA. O secretário de Estado Mike Pompeo apoia a autoproclamação de Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela e pediu a demissão do presidente constitucional Nicolás Maduro. A Rússia se opõe energicamente a esses esforços dos EUA e afirmou que Washington está apoiando uma tentativa de golpe, colocando a Venezuela no centro de um crescente duelo geopolítico. A reunião do Conselho de Segurança da ONU foi instalada na manhã deste sábado, na sede da organização, em Nova York.

Artificial

Washington e seus parceiros estão agravando artificialmente a situação na Venezuela, estimulando os ânimos mais radicais, é hora de acabar com isso, disse no sábado (26) o representante do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, comentando o ultimato apresentado pelo Ocidente algumas horas antes sobre as eleições neste país. O embaixador da Rússia nos EUA, à época ministro da Defesa da Rússia, Anatoly Antonov, fala em um briefing no Ministério da Defesa em Moscou (foto de arquivo) 'Relações entre EUA e Rússia não são condenadas à rivalidade da Guerra Fria', diz Pompeo.

Presidente legítimo

O Comité de Direitos Humanos da ONU divulgou que ao menos 20 pessoas morreram durante os protestos na Venezuela, acrescentando que as mortes deveriam ser objeto de uma investigação imparcial. Em 23 de janeiro, o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Juan Guaidó, se declarou presidente interino do país durante os protestos contra Maduro realizados nas ruas de Caracas. Por sua vez, o atual líder venezuelano, Nicolás Maduro, afirma ser o chefe de Estado constitucional e chamou Guaidó de "marionete dos EUA". Até o momento, os EUA, Brasil, Canadá, Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, Panamá, Paraguai, Peru, Geórgia, Albânia e vários outros países reconheceram Guaidó como o presidente interino da Venezuela. A Grã-Bretanha, Alemanha, França e Espanha anunciaram sua intenção de reconhecê-lo, caso não sejam anunciadas novas eleições dentro de oito dias na Venezuela. A Rússia segue apoiando Nicolás Maduro como o legítimo presidente venezuelano.
Edição digital

 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo