Seqüestro em teatro russo termina com a morte de 36 guerrilheiros chechenos

Autoridades russas disseram neste sábado que a invasão policial do teatro onde rebeldes chechenos mantinham cerca de 500 pessoas reféns foi um sucesso. Segundo o vice-ministro do Interior russo, Vladimir Vasilyev, a ação dos policiais de elite russos evitou a "morte em massa de reféns". Segundo o ministro, durante a operação foram mortos 36 dos rebeldes chechenos, entre eles o líder do grupo Movsar Barayev. A invasão do teatro ocorreu pouco antes do amanhecer em Moscou - quando venceria o prazo dado pelos rebeldes antes que eles começassem a executar os prisioneiros. Rebeldes fugitivos Por volta das 7h30, hora local (0h30, hora de Brasília) policiais já haviam dominado o teatro e os reféns foram libertados. Mas as forças de segurança russas continuam ocupando o local, procurando por minas e explosivos e também verificando se não há rebeldes escondidos. Há informações de que alguns dos rebeldes podem ter escapado durante a ofensiva. Segundo autoridades russas, a invasão do prédio foi autorizada depois que os chechenos começaram a matar os reféns - como vinham ameaçando fazer, caso suas exigências não fossem atendidas até o sábado de manhã. Explosões Durante a madrugada, várias grandes explosões e disparos de armas automáticas foram ouvidos na região do teatro, pouco antes de surgir a informação de que a invasão do prédio havia começado. Ao tentarem tomar o teatro, os policiais de elite russos teriam se envolvido em uma violenta troca de tiros com os rebeldes. Há informações que alguns policiais teriam ficado feridos. Acredita-se que alguns dos reféns tenham morrido, embora até o momento não hajam dados precisos. Cerca de 20 corpos foram vistos sendo removidos do teatro, mas não se sabe ao certo se eram reféns ou rebeldes, ou se eram de pessoas mortas ou não. Várias outras pessoas foram retiradas feridas do teatro, sendo levadas a ambulâncias. Quase 48 horas de agonia Os chechenos haviam tomado o teatro durante a apresentação de um musical de sucesso em Moscou na quarta-feira à noite. Durante os mais de dois dias de impasse, o teatro permaneceu cercado por policiais de elite russos. Neste sábado, o efetivo foi reforçado e, depois das primeiras explosões, os soldados começaram a assumir posições defensivas. Nesta sexta-feira, os rebeldes haviam libertado um total de 19 pessoas, mas depois disseram que não pretendiam liberar mais ninguém a não ser que suas exigências fossem atendidas.