Série A: escolas de samba fizeram a alegria do público no Rio

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Publicado Domingo, 15 de Fevereiro de 2015 às 12:30, por: CdB

O desfile deste sábado, segundo dia de apresentação das escolas da Série A, teve início às 21h com a apresentação da Alegria da Zona Sul, que trouxe para a Marquês de Sapucaí o enredo “Kari'oca”, do carnavalesco Eduardo Minucci, uma homenagem às comemorações pelos 450 anos de fundação da cidade do Rio de Janeiro.  

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Segundo dia de apresentação das escolas da Série A
  Com irreverência, alegria e descontração, a escola da Zona Sul da cidade prestou uma bonita homenagem aos habitantes da Cidade Maravilhosa, com seu jeito descontraído e “debochado” de ser. Segunda escola a pisar no Sambódromo, a Acadêmicos de Santa Cruz cantou O Pequeno Menino que se Tornou Grande Otelo. A comissão integrada por Munir Nicolau, Lane Santana e Flávio Campello lembrou os feitos – vida e obra - do artista que, em 2015, completaria 100 anos de vida. Prestando uma homagem ao sambista Nelson Sargento, a Inocentes de Belford Roxo foi a terceira agremiação a pisar na passarela. No enredo Nelson Sargento, Samba, Inocente Pé no Chão, os carnavalescos Márcio Puluker e Walter Guilherme procuraram destacar a obra do sambista e pintor mangueirense. De cadeira de rodas, Nelson Sargento contagiou o público quando, no meio do desfile, se levantou para saudar as arquibancadas. O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira veio trazendo uma homenagem ao samba-enredo da Mangueira de 1955, de autoria de Sargento. A Unidos de Padre Miguel levantou a arquibancada com um enredo homenageando o escritor Ariano Suassuna. De autoria do carnavalesco Edson Pereira, o samba procurou mostrar ao público presente os personagens, a seca nordestina e os retirantes que caracterizaram a obra do escritor nordestino. Quinta escola a se apresentar na noite deste sábado, a Império da Tijuca contou a história do orixá Oxum, conhecido no candomblé e na umbanda, como a mãe da água doce e símbolo do poder da procriação. O enredo O Império nas Àguas Doces de Oxum teve a assinatura de Júnior Pernambucano e procurou mostrar a exuberância da sereia dos rios e suas lendas. Uma das mais antigas escolas de samba da cidade trouxe uma comissão de frente com 15 bailarinos mostrando a fertilidade do orixá, enquanto o último carro alegórico da escola procurou mostrar o sincretismo, comum na umbanda, onde Oxum é representada por Nossa Senhora da Conceição. A Renascer de Jacarepaguá, escola da Zona Oeste da cidade, foi a sexta agremiação a se apresentar já na madrugada deste domingo. O carnavalesco Jorge Caribé homenageou o sambista Candeia, que completaria 80 anos em 2015. Com um desfile de garra e descontração, a escola de Jacarepaguá ressaltou o amor do sambista pela Portela, escola da qual foi um dos fundadores, e pelo candomblé. Penúltima escola a se apresentar, a Acadêmicos do Cubango também apresentou um enredo exaltando a cultura afro: Cubango, a Realeza Africana de Niterói, do carnavalesco Jaime Cezário, que procurou exaltar a história do negro no Brasil. Com cores fortes e vibrantes, bem comum na África e nas vestimentas dos que cultuam o candomblé e a umbanda, a escola fez uma apresentação vibrante e harmoniosa. Fechando a apresentação das escolas da Séria A, a Estácio de Sá, apresentou um desfile forte, vibrante e luxuoso. Com o enredo De Braços Abertos, de Janeiro a Janeiro Sorrio, Sou Rio, Sou Estácio de Sá, dos carnavalescos Amauri Santos e Tarcísio Zanon, a escola foi mais uma a homenagear os 450 anos do Rio de Janeiro. Estácio de Sá, que dá nome a escola, foi o fundador da cidade do Rio de Janeiro. Fundada com o nome de São Carlos, em uma homenagem ao morro do mesmo nome, a Estácio de Sá é uma escola que já se apresentou pelo Grupo Especial. Em 1992 conquistou seu único título com o enredo Pauliceia Desvairada - 70 anos de Modernismo, desenvolvido por Mário Monteiro e Chico Spinosa.

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