Sharon vai a Londres tentar se entender com Blair

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Publicado Segunda, 14 de Julho de 2003 às 08:36, por: CdB

O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, encontra-se nesta segunda-feira com seu colega britânico, Tony Blair, em Londres, para discutir o novo plano de paz para o Oriente Médio.

A visita, de três dias, deve servir ainda para aliviar um recente clima de tensão que surgiu entre os dois países por causa do conflito israelense-palestino.

Em janeiro, o governo de Sharon reprovou a decisão da Grã-Bretanha de abrigar uma conferência sobre reforma da Autoridade Palestina. Em abril, foi a vez do governo de Blair protestar após o Exército de Israel ter atirado em três cidadãos britânicos em territórios palestinos.

Segundo analistas, Tony Blair deve pedir a Sharon que concentre esforços em destruir assentamentos judaicos e na libertação de prisioneiros palestinos.

Isolamento

Por sua vez, Sharon deve continuar insistindo em promover o isolamento do líder da Autoridade Palestina, Yasser Arafat. Segundo Sharon, qualquer contato de líderes europeus com Arafat só faz atrasar o progresso do plano de paz.

De acordo com funcionários do governo de Israel, Sharon deve discutir com Blair assuntos como, por exemplo, o incitamento ao ódio a Israel por parte de grupos islâmicos na Grã-Bretanha e o fim de doações de grupos simpatizantes ao movimento islâmico Hamas.

O embaixador de Israel em Londres, Zvi Stauber, disse que a visita de Sharon deve dar um novo ímpeto ao diálogo entre os dois países. "Infelizmente as relações tem sido alvo de equívocos nos últimos meses", disse o embaixador.

Em abril, a polícia israelense atribuiu a dois muçulmanos britânicos a autoria de um atentado suicida em Tel Aviv. Neste domingo, um suspeito dissidente do Exército Irlandês Republicano (IRA) foi preso na Faixa de Gaza, após acusações de que estaria treinando militantes palestinos a usar explosivos.

Forças de segurança de Israel disseram que o suspeito, de 40 anos, estaria sendo interrogado por detetives para saber a proporção da relação que ele teria desenvolvido com militantes palestinos.

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