O alto representante de Política Externa e Segurança Comum da União Européia (UE), Javier Solana chegou, nesta quinta-feira, a Nova York para participar nesta sexta-feira da reunião do Conselho de Segurança sobre a República Democrática do Congo (RDC).
Solana, que acaba de chegar de uma viagem ao país africano, apresentará um relatório sobre a Operação Artemis, como são conhecidas as operações militares da UE, comandadas pela França e enviadas há um mês a Bunia, capital da província de Ituri.
Em sua visita a Bunia, Solana reuniu-se com os comandantes, tanto das tropas pacificadoras da UE como da Missão de Observação da ONU no país (Monuc), além das autoridades locais e organizações humanitárias.
O representante europeu pretende apresentar ao Conselho os resultados de suas recentes negociações com os presidentes da RDC, de Ruanda e do Burundi.
Os confrontos dos últimos meses entre as tribos hema e lendu e os atos de canibalismo e multilações cometidos pelos dois grupos contra a população civil obrigaram a ONU a reforçar com tropas da UE os poucos 700 soldados uruguaios da Monuc, que se viam impotentes para deter os massacres.
Apesar de a Operação Artemis ter forçado a saída de Bunia das milícias tribais, o que deu certo grau de segurança à população civil, centenas de pessoas ainda se vêem forçadas a viver sob a proteção dos militares da ONU num acampamento para deslocados nas proximidades do aeroporto local.
A ONU agora se prepara para enviar em setembro cerca de 3.800 soldados - em sua maioria de Bangladesh, Nepal e Indonésia - que substituirão o contingente de 1.600 soldados das forças de paz da UE.
Solana defende no Conselho de Segurança a ampliação da Monuc, composta exclusivamente por 700 soldados do Uruguai, e o fortalecimento de seu mandato para tomar iniciativas que levem à paz.