Pessoas

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Publicado Quarta, 07 de Maio de 2008 às 10:09, por: CdB

A responsabilidade socioambiental e o aquecimento global são temas freqüentes na mídia. Atualmente, cobra-se de governos e empresas uma postura ética e transparente, ao mesmo tempo em que se fala de consumo consciente para clientes. Para muitas pessoas, a discussão está ocorrendo em uma esfera superior a sua própria possibilidade de ação concreta para a efetiva e necessária transformação do meio ambiente. Para essa parcela da sociedade, a alienação é em grande parte uma escolha e não uma falta de oportunidade. É muito mais fácil e conveniente acreditar que não há como mudar o mundo sozinho e por isso mudar de atitude não faz diferença.

Hoje com a evolução dos conceitos de Responsabilidade Social e Ambiental, diretamente associados à questão da sustentabilidade, há um processo de mudança cultural contínuo, apesar de gradual e com níveis diferenciados de maturidade de cada ator social envolvido. O foco agora não é mais o crescimento devastador, e sim o desenvolvimento sustentável. Os impactos negativos ao meio ambiente, os efeitos na biodiversidade e a limitação dos recursos naturais são visíveis e corroboram essa situação.

No centro dessa questão estão as pessoas. Empresas, governos são geridos por pessoas, as instituições não têm vida se não houver pessoas. Na hora de escolher os nossos governantes, é o cidadão que decide. Ao comprar um produto entre tantos concorrentes, quem decide é o consumidor. Se pensarmos na cadeia de produção, percebemos que esse diferencial alcança a todos até chegarmos às grandes indústrias de base. A busca hoje é por ações e processos mais longos, duradouros e com menos riscos.

O mundo é feito de pessoas e não de empresas, governos, clientes, jornalistas, fazendeiros, cientistas, garis, médicos etc. Em todas as escalas e em todos os lugares são as pessoas que fazem a diferença, mesmo que não se possa ignorar a tecnologia. Até porque o seu advento é obra exclusiva de pessoas. A grande diferença é o nível de crença e percepção de cada um em pensar no que pode e no que de fato é capaz de fazer para mudar.

Maíra Miguel
Coordenadora de Planejamento da Rebouças & Associados

 

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Edição digital

 

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