Um assessor parlamentar havia ouvido o comentário que, na realidade, “Temer procurou evitar exposição pública e vaias de parte do Plenário”. Temer determinou a missão ao seu chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha
Por Redação - de Brasília
Presidente de facto, o peemedebista Michel Temer havia anunciado que compareceria à abertura do Ano Legislativo. A visita é tradicional na democracia brasileira. Representante do golpe parlamentar que o encaminhou ao Palácio do Planalto, em Maio último, Temer voltou atrás. Nesta quinta-feira, ele cancelou a agenda. Segundo o deputado Lúcio Vieira Lima (PMDB-BA), ouvido pela reportagem do Correio do Brasil, “Temer desistiu porque havia uma indefinição de horário”.
Mas um assessor parlamentar havia ouvido o comentário que, na realidade, “Temer procurou evitar exposição pública e vaias de parte do Plenário”. Temer determinou a missão ao seu chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.
Outros motivos
Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, informou ao Senado que também não compareceria à abertura do Ano Legislativo. Ela creditou sua ausência à "gravidade do momento", que foi entendida como uma referência à morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia. Tradicionalmente, o presidente do Supremo comparece à cerimônia de abertura dos trabalhos,
Os ex-presidentes José Sarney e Luiz Inácio Lula da Silva já foram à abertura do ano legislativo uma vez. A ex-presidente Dilma Rousseff foi à solenidade por duas vezes: em 2011 e em 2016.
Confirmou presença, na tarde desta quinta-feira, o novo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE). O novo presidente da Câmara, eleito pouco antes, também ocupará um lugar na mesa.