Publicado Quarta, 12 de Outubro de 2016 às 08:05, por: CdB
May procurou apaziguar alguns parlamentares de seu governista Partido Conservador aceitando uma moção proposta pelo opositor Partido Trabalhista
Por Redação, com Reuters - de Londres:
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, concordou com as exigências do parlamento de debater os planos de seu governo para se separar da União Europeia, o chamado Brexit, mas descartou permitir que a legislatura vote o desencadeamento do processo formal de desfiliação.
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May
Na terça-feira, May procurou apaziguar alguns parlamentares de seu governista Partido Conservador. Aceitando uma moção proposta pelo opositor Partido Trabalhista que pediu "um debate pleno e transparente" sobre como o governo irá efetivar a votação pública que decidiu o divórcio da UE.
A manobra estimulou a libra esterlina, que já caiu 18 % em relação ao dólar. Desde o referendo de junho. Os investidores temem que o Reino Unido esteja caminhando para um chamado "Brexit difícil". Ou um rompimento definitivo com o lucrativo mercado comum de 500 milhões de consumidores, para poder controlar a imigração.
Trabalhistas
Mas May, mesmo pressionada pelos trabalhistas, por outros parlamentares e pelos mercados financeiros globais a lhes oferecer mais do que sua frase de efeito "Brexit significa Brexit", não chegou a prometer uma votação formal de sua estratégia antes de acionar o Artigo 50 do Tratado de Lisboa da UE.
– Sempre dissemos que o parlamento tem um papel importante a desempenhar – disse a porta-voz da premiê na manhã desta quarta-feira.
– Mas também acreditamos que isso deveria ser feito de uma maneira que respeite a decisão do povo do Reino Unido quando votou pela separação da UE em 23 de junho e não mine a posição de negociação do governo.
– Não haverá uma votação sobre o acionamento do Artigo 50.
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