Governo israelense continua impondo restrições ‘ilegais’ à ajuda em Gaza

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Publicado Terça, 16 de Abril de 2024 às 11:15, por: CdB

A ofensiva de Israel na Faixa de Gaza, desencadeada pelos ataques mortais do Hamas na fronteira, em 7 de outubro, transformou grande parte da Faixa de Gaza em um deserto, com centenas de milhares de pessoas deslocadas e amontoadas em abrigos repletos de doenças.


Por Redação, com Reuters - de Jerusalém


Israel ainda está impondo restrições "ilegais" à ajuda humanitária para Gaza, disse o escritório de direitos humanos da ONU nesta terça-feira, apesar das afirmações de Israel e de outros países de que as barreiras foram reduzidas.




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Israel ainda está impondo restrições "ilegais" à ajuda humanitária para Gaza

A ofensiva de Israel na Faixa de Gaza, desencadeada pelos ataques mortais do Hamas na fronteira, em 7 de outubro, transformou grande parte da Faixa de Gaza em um deserto, com centenas de milhares de pessoas deslocadas e amontoadas em abrigos repletos de doenças.


A quantidade de ajuda que está entrando em Gaza é controversa, com Israel e Washington dizendo que o fluxo de ajuda aumentou nos últimos dias, mas as agências da ONU dizem que ainda está muito abaixo dos níveis mínimos.


– Israel continua a impor restrições ilegais à entrada e à distribuição de assistência humanitária e a realizar uma destruição generalizada da infraestrutura civil – disse Ravina Shamdasani, porta-voz do escritório de direitos humanos da ONU, em uma coletiva de imprensa em Genebra, reiterando os pedidos de acesso irrestrito.


Israel, que nega estar impedindo a entrada de ajuda humanitária em Gaza, tem enfrentado uma pressão internacional cada vez maior para permitir a entrada de mais suprimentos na Faixa de Gaza desde que atingiu um comboio de ajuda humanitária em 1º de abril, matando trabalhadores humanitários internacionais.


– Aqueles que entregam ou tentam acessar a assistência humanitária nunca devem ser atacados – acrescentou Shamdasani.



Ataques do Hamas a Israel


Mais de 33 mil pessoas foram mortas em Gaza desde 7 de outubro, de acordo com as autoridades de saúde palestinas, e mais de 76 mil ficaram feridas. A guerra foi iniciada em resposta aos ataques do Hamas a Israel, nos quais 1,2 mil pessoas foram mortas e 253 feitas reféns, segundo registro de Israel.


O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) pediu um aumento nas retiradas por motivos médicos de Gaza, dizendo que menos da metade dos pedidos foi bem-sucedida.


– Com ao menos 70 crianças feridas todos os dias, precisamos que o número de retiradas médicas aumente para que as crianças possam ter acesso aos cuidados de que precisam com urgência – disse Tess Ingram, do Unicef, na mesma coletiva de imprensa, descrevendo casos de crianças que ela conheceu e que sofreram ferimentos a bala e amputações.


– Seus corpos despedaçados e suas vidas fraturadas são uma prova da brutalidade que está sendo imposta a elas.






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