Comitê organizador dos Jogos Olímpicos de 2020 pede que população japonesa participe dos preparativos do evento doando aparelhos eletrônicos velhos. Expectativa é arrecadar oito toneladas de metal
Por Redação, com DW - de Tóquio:
A organização dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020 pediu aos cidadãos japoneses que doem aparelhos eletrônicos velhos, como smartphones e computadores, para a fabricação as medalhas olímpicas.
O comitê organizador convidou a população a "desempenhar seu próprio papel" nos preparativos do evento. A campanha de recolha dos materiais vai começar em abril.
A expectativa é arrecadar oito toneladas de metal para produzir cerca de 5 mil medalhas que serão entregues aos atletas nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Câmeras digitais, laptops e games também podem ser doados.
– Os computadores e smartphones se transformaram em ferramentas úteis. Desprezar aparelhos a cada avanço tecnológico e surgimento de novos modelos é esbanjar – disse o ginasta Kohei Uchimura, medalha de ouro individual e por equipes nos Jogos do Rio, no ano passado.
O atleta acredita que a iniciativa respeita o meio ambiente e é "uma importante mensagem para as futuras gerações".
O atleta norte-americano Ashton Eaton também se mostrou a favor de um projeto que contribui para "conscientizar sobre um futuro sustentável" e oferece ao público "uma oportunidade de ser parte da jornada olímpica".
Para economizar
Para realizar a coleta, o Comitê Organizador dos Jogos de Tóquio fez uma parceria com a gigante japonesa das telecomunicação NTT Docomo e o Japan Environmental Sanitation Center.
A organização vai instalar pontos de coleta em mais de 2.400 empresas de telecomunicações locais e em repartições públicas de todo o país.
Metais reciclados já foram utilizados em edições anteriores do evento esportivo. Nos Jogos do Rio do ano passado, 30% da matéria-prima usada para produzir as medalhas olímpicas de prata e bronze era reciclada.
A iniciativa de Tóquio também tem o objetivo de conter os gastos. O custo estimado das Olimpíadas é de 30 bilhões de dólares, quase o triplo do que foi gasto nos Jogos de Londres.
Bolt
O velocista jamaicano Usain Bolt perdeu uma de suas nove medalhas de ouro olímpicas. O Comitê Olímpico Internacional (COI) anulou, no dia 25 de janeiro. A vitória da Jamaica no revezamento 4x100m nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, porque o parceiro de revezamento Nesta Carter foi desqualificado por doping. O ouro ficará com Trinidad e Tobago, enquanto a prata será herdada pela equipe japonesa. O bronze ficará com o Brasil.
Carter competiu nas eliminatórias e na final, em que a Jamaica garantiu a medalha de ouro com o tempo de 37s10, recorde mundial que vigorou por três anos até a própria equipe do país estabelecer nova marca, no Campeonato Mundial, em Daegu, na Coreia do Sul. Além de Carter e Bolt, a equipe jamaicana em Pequim tinha os velocistas Asafa Powell e Michael Frater.
Carter foi flagrado durante novas análises de centenas de amostras colhidas durante os Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008, e de Londres, em 2012. De acordo com parâmetros estabelecidos em processo aberto em agosto de 2015.
Carter foi testado positivo para a substância proibida Dimetilamilamina, que já foi usada em descongestionantes nasais. Mas agora é encontrada com maior frequência como ingrediente de suplementos dietéticos.
Consequentemente, a Comissão Disciplinar do COI decretou a desqualificação do jamaicano, que terá que devolver a medalha. O pin e o diploma conquistados na China. As entregas dos prêmios simbólicos pelo resultado também terão que ser feitas pelos companheiros de Carter.
Com a perda da medalha de ouro do revezamento. Bolt oficialmente deixou de ostentar a tripla tríplice coroa do atletismo olímpico. Feito alcançado com as conquistas nas três principais provas do atletismo (100m, 200m e 4x100m). Em três edições seguidas de Jogos Olímpicos (2008, 2012 e 2016).
Rio de Janeiro
No Rio de Janeiro, após vencer as provas de 100 e 200 metros rasos. Além de levar a melhor no revezamento 4x100, Bolt tinha igualado o desempenho de duas lendas do atletismo. Ao igualar os nove ouros do finlandês Paavo Nurmi e do norte-americano Carl Lewis.
Com a decisão anunciada pelo Comitê Olímpico Internacional (COI). O Brasil herdará a medalha de bronze. A equipe brasileira terminou em quarto lugar a final dos 4x100m rasos de Pequim. Os novos medalhistas do Brasil seriam Vicente de Lima, prata na prova em 2002, em Sydney, Bruno Lins, Sandro Viana e José Carlos Moreira.
Com isso o Brasil soma 17 medalhas nos Jogos Olímpicos de 2008 (três de ouro, quatro de prata e dez de bronze), mas segue na 22ª posição no quadro de medalhas de Pequim.