Turquia critica assessor de segurança dos EUA por comentário sobre milícia curda na Síria

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Publicado Terça, 08 de Janeiro de 2019 às 10:31, por: CdB

Erdogan disse que Bolton, que se reuniu com autoridades turcas em Ancara nesta terça-feira, mas deixou a Turquia sem realizar esperadas conversas com o presidente, “cometeu um erro grave” ao estabelecer condições para o papel militar da Turquia na Síria após a retirada dos EUA.

Por Redação, com Reuters - de Ancara

O presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, criticou o assessor de Segurança Nacional dos Estados Unidos, John Bolton, nesta terça-feira, por exigir que forças turcas não enfrentem combatentes curdos na Síria, acusando-o de dificultar os planos do presidente norte-americano, Donald Trump, de retirada das tropas dos EUA do país.
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Presidente turco, Tayyp Erdogan, em Ancara
Erdogan disse que Bolton, que se reuniu com autoridades turcas em Ancara nesta terça-feira, mas deixou a Turquia sem realizar esperadas conversas com o presidente, “cometeu um erro grave” ao estabelecer condições para o papel militar da Turquia na Síria após a retirada dos EUA.

Trump

No mês passado, Trump disse estar convocando de volta para casa os cerca de 2 mil soldados norte-americanos presentes na Síria, dizendo que eles haviam concluído sua missão de derrotar o Estado Islâmico e que a Turquia assumiria os estágios finais da campanha militar. A decisão abrupta provocou preocupação entre autoridades em Washington e aliados no exterior, e fez com que o secretário de Defesa, Jim Mattis, renunciasse. A medida também alarmou a milícia curda YPG, que tem sido um dos principais aliados dos EUA no combate ao Estado Islâmico na Síria, mas que é considerada uma organização terrorista por Ancara. Antes de chegar à Turquia, Bolton disse que Ancara precisa coordenar suas ações militares com os Estados Unidos e que nenhuma retirada norte-americana acontecerá até que a Turquia garanta que os combatentes curdos estarão seguros. Entretanto, Erdogan disse que a Turquia irá combater a YPG da mesma maneira que lutará contra o Estado Islâmico. “Se eles são terroristas, nós faremos o que for necessário não importa de onde vêm”, disse o presidente a membros de seu Partido AK, no Parlamento. – Bolton cometeu um grave erro e quem pensa assim também cometeu um erro. Não é possível para nós fazermos concessões nesse momento.
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