UE diz a Johnson que não mudará termos do Brexit

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Publicado Terça, 23 de Julho de 2019 às 07:38, por: CdB

A Comissão Europeia está disposta a trabalhar com Johnson, segundo uma porta-voz, mas os limites são claros.

Por Redação, com Reuters - de Bruxelas

 A União Europeia parabenizou nesta terça-feira o próximo primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, mas reiterou que não vai acatar as promessas eleitorais do líder conservador de renegociar o Brexit.
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Próximo premiê britânico, Boris Johnson
A Comissão Europeia está disposta a trabalhar com Johnson, segundo uma porta-voz, mas os limites são claros. – Estamos ansiosos para trabalhar construtivamente com o primeiro-ministro Johnson quando ele tomar posse para facilitar a ratificação do acordo de retirada e alcançar um Brexit organizado – disse o negociador do bloco, Michel Barnier. – Também estamos prontos para reformular a declaração acordada em função da nova parceria – acrescentou, ao referir-se à declaração política que acompanha o acordo legal de separação. Minutos antes de a vitória de Johnson ser anunciada, o vice-presidente da Comissão, Frans Timmermans, disse que a UE não concordaria com mudanças no acordo que havia selado com a premiê Theresa May. Esse acordo foi rejeitado três vezes pelo Parlamento britânico. – O Reino Unido chegou a um acordo com a União Europeia, e a União Europeia vai se ater a esse acordo – afirmou Timmermans em uma coletiva de imprensa. “Esse é o melhor acordo possível”. Timmermans acrescentou que a UE manteria o encaminhamento do Brexit e que “o caráter ou a personalidade ou a atitude” peculiares de Johnson não fariam diferença.

Brexit

A UE se prepara para um cenário sem acordo ou uma nova prorrogação ao Brexit caso Johnson siga suas promessas. – Vamos ouvir o que o novo premiê tem a dizer quando vier a Bruxelas – disse Timmermans, mas advertiu sobre o cenário mais prejudicial: o Reino Unido deixar o bloco sem um acordo para administrar as consequências. Johnson prometeu efetivar o Brexit até 31 de outubro, com ou sem acordo. Para Timmermans, a ausência de um acordo “seria uma tragédia, para todas as partes, não apenas para o Reino Unido”. “Todos vamos sofrer se isso acontecer”.
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