Vacina russa contra ebola passa por primeira fase de testes clínicos

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Publicado Quarta, 25 de Maio de 2016 às 08:13, por: CdB

Em março, a Rússia declarou que obteve a base jurídica para testar uma vacina contra o vírus ebola, recentemente desenvolvida

Por Redação, com ABr - de Moscou/Londres:

A vacina russa contra o vírus ebola já passou a primeira fase de testes clínicos com a participação de 60 voluntários e provou a sua eficácia, disse nesta quarta-feira a chefe do Rospotrebnadzor, o Serviço Federal de Supervisão de Proteção dos Direitos do Consumidor e do Bem-Estar Humano da Rússia, Anna Popova.

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A vacina russa contra o vírus ebola já passou a primeira fase de testes

– Entregamos todos os documentos na segunda-feira ao Ministério da Saúde da Rússia para registrar a primeira fase de pesquisa clínica. Eles passaram com sucesso. A vacina provou ser altamente eficaz, com uma (eficácia) de 100% depois de duas inoculações – disse a chefe do Rospotrebnadzor.

Em março, a Rússia declarou que obteve a base jurídica para testar uma vacina contra o vírus ebola, recentemente desenvolvida. Segundo relatos, 2 mil cidadãos da Guiné devem ser vacinados durante o teste.

 Bebês com microcefalia

Boletim divulgado na terça-feira pelo Ministério da Saúde confirma que 1.434 bebês nasceram com microcefalia e outras alterações no sistema nervoso devido a infecção congênita. Desses, 1.273 estão na Região Nordeste.

Dos 1.434 casos, 208 foram confirmados por exame de laboratório para infecção pelo vírus zika. Porém, o ministério estima que a maioria dos casos está relacionada ao zika.

Ao todo, os casos confirmados são 50 a mais em comparação ao boletim da semana passada. Ainda não há diagnóstico conclusivo para 3.257 recém-nascidos que podem ter a malformação.

Os 1.434 casos confirmados estão distribuídos por 517 municípios, localizados em 25 unidades da Federação.

Os números são referentes ao período de outubro de 2015 a 21 de maio de 2016, quando foram registrados 7.623 casos suspeitos. Deste total, 2.932 foram descartados por terem exames normais ou microcefalia derivada de outras causas.

No mesmo período, foram registradas 285 mortes suspeitas de microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central após o parto ou durante a gestação (abortamento ou natimorto) no país. Desses, 60 foram confirmados para microcefalia e/ou alteração do sistema nervoso central. Outros 187 continuam em investigação e 38 foram descartados. Zika Transmitido por um mosquito bem conhecido dos brasileiros, o Aedes aegypti, o vírus zika começou a circular no Brasil em 2014, mas teve os primeiros registros feitos pelo Ministério da Saúde em maio de 2015. O que se sabia sobre a doença, até o segundo semestre do ano passado, era que sua evolução costumava ser benigna e que os sintomas, geralmente erupção cutânea, fadiga, dores nas articulações e conjuntivite, além de febre baixa, eram mais leves do que os da dengue e da febre chikungunya, também transmitidas pelo mesmo mosquito.

Porém, em outubro de 2015, exame feito pela médica especialista em medicina fetal, Adriana Melo, descobriu a presença do vírus no líquido amniótico de um bebê com microcefalia. Em 28 de novembro, o Ministério da Saúde confirmou que, quando gestantes são infectadas pelo vírus podem gerar crianças com microcefalia, uma malformação irreversível do cérebro que pode vir associada a danos mentais, visuais e auditivos. Pesquisadores confirmaram que a Síndrome de Guillain-Barré também pode ser ocasionada pelo zika.

A microcefalia pode ter como causa diversos agentes infecciosos, além do zika, como sífilis, toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus e herpes viral.

Pesquisa do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) encontrou, pela primeira vez, mosquitos do Aedes aegypti infectados pelo vírus zika na natureza, o que prova que o inseto é o transmissor da doença.

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