Publicado Sábado, 06 de Abril de 2019 às 11:01, por: CdB
Segundo apurou o CdB, o nome mais provável para substituir Vélez é o do empresário e senador Izalci Lucas (PSDB-DF). O parlamentar conta com o aval da bancada evangélica e é ligado ao lobby das escolas privadas.
Por Redação - de Brasília
Depois que o presidente Jair Bolsonaro (PSL) sinalizou que o ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodrigues, estará demitido no início da próxima semana, ele se negou a entregar o cargo. A interlocutores, Vélez teria confessado, sem nenhum prurido, que espera a indicação do superior hierárquico a um novo posto.
— Vou comparecer à reunião, na segunda-feira, com o coração aberto — disse o ministro, segundo adiantou a fonte à reportagem do Correio do Brasil, neste sábado.
Vélez Rodrigues será demitido na próxima segunda-feira, mas ainda espera algum tipo de recompensa
Bolsonaro confirmou, no início da noite passada, que o assessor colombiano foi uma experiência malfadada.
— Na segunda, vamos resolver a situação do MEC. Está bem claro que não está dando certo, falta gestão. Vamos tirar a aliança da mão esquerda e pôr na direita — afirmou Bolsonaro.
E acrescentou:
— Está bastante claro que não está dando certo. Ele é bacana e honesto, mas está faltando gestão, que é coisa importantíssima — acrescentou.
Transição
A declaração sobre a "falta de gestão" se deve às constantes crises no MEC, que já resultaram em mais de 15 demissões, recuos frequentes e uma série de decisões polêmicas que desagradaram até mesmo os militares que integram o governo.
Segundo apurou o CdB, o nome mais provável para substituir Vélez é o do empresário e senador Izalci Lucas (PSDB-DF). O parlamentar conta com o aval da bancada evangélica e é ligado ao lobby das escolas privadas. Sua nomeação marcaria também o ingresso do PSDB no governo de Jair Bolsonaro, um dia depois do encontro entre o presidente e o ex-governador paulista Geraldo Alckmin.
O senador Izalci Lucas (PSDB/DF) tem a indicação de líderes e parlamentares evangélicos para assumir o Ministério da Educação. Os rumores começaram na transição e esquentaram agora com o desgaste do atual titular da pasta.