Vice-chanceler da Alemanha diz que referendo grego "faz sentido"

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Publicado Sábado, 27 de Junho de 2015 às 10:13, por: CdB

O vice-chanceler e ministro da Economia da Alemanha, Sigmar Gabriel, afirmou neste sábado que a convocação de um referendo grego pelo primeiro-ministro, Alexis Tsipras, sobre o acordo de resgate com os credores internacionais "faz sentido".

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O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras
Em entrevista à rádio alemã Deutschlandfunk, ele pediu ainda que os líderes da União Europeia não descartem de forma instantânea a ideia proposta por Tsipras e permaneçam abertos à consulta popular. - Eu acho que seria aconselhável não rejeitar a proposta de Tsipras. Se ficar claro que o voto é sobre uma solução negociada, isso faz sentido - explicou Gabriel. Ele disse que apoia a ideia de Tsipras desde que fique claro o que eles estão votando. "Isso faria sentido se o que a Europa está oferecendo é colocada em votação. E a Europa está oferecendo muito à Grécia", argumentou. O ministro da Economia acrescentou, ainda, que se uma nação está disposta a receber ajuda de bilhões de euros em troca de certas reformas, faz sentido consultar se a população está disposta a fazer o esforço para implementá-las. Parlamento grego vota proposta O Parlamento da Grécia vota neste sábado a proposta do governo de convocar um referendo sobre as medidas propostas pelos credores em troca de ajuda financeira para Atenas. A Constituição do país estipula que o presidente da República deve convocar formalmente um referendo após obter a maioria absoluta de 151 deputados do Parlamento. Uma vez aprovado pelo Parlamento, o presidente deve convocar a consulta popular no prazo de dez dias, mesmo sem haver uma data explícita para a realização do referendo. Nesse caso, o presidente do Parlamento, Prokopis Pavlópulos, já recebeu um pedido do primeiro-ministro, Tsipras, para celebrar o referendo em 5 de julho. A pergunta que deve ser respondida pelos cidadãos gregos é se eles aceitam ou não as medidas propostas pelos credores – Comissão Europeia, Banco Central Europeu (BCE) e Fundo Monetário Internacional (FMI) – em troca do desembolso do resgate financeiro ainda pendente. Em quase dois séculos de existência do Estado grego foram celebrados sete referendos, todos no século 20 e com a mesma pergunta: se a Grécia deveria se tornar uma República ou Monarquia.

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