Publicado Sexta, 10 de Maio de 2019 às 11:03, por: CdB
A unidade precisará também fazer a adequação das vedações dos reservatórios e uma nova análise para comprovar a qualidade da água de consumo.
Por Redação, com ACS - de Rio de Janeiro
A Subsecretaria de Vigilância Sanitária e Controle de Zoonoses do Rio interditou os reservatórios de água do Centro de Letras e Artes da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), na Urca, Zona Sul da cidade.
Técnico da Vigilância Sanitária interdita reservatório de água na UniRio, na Urca
A medida foi adotada como prevenção aos riscos à saúde pública, após nova vistoria feita na quinta-feira Na ação, técnicos da Coordenação de Engenharia do órgão constataram que os serviços de higienização e manutenção no sistema de abastecimento determinados na inspeção realizada na quarta, não foram iniciados.
O fim da interdição depende da limpeza da caixa d´água central de oito mil litros e das três cisternas (com capacidade total de 30 mil litros), com apresentação do certificado dos serviços realizados. A unidade precisará também fazer a adequação das vedações dos reservatórios e uma nova análise para comprovar a qualidade da água de consumo.
Três casos de hepatite A em estudantes
A ação da Vigilância na Unirio começou na última segunda, 6, em atendimento ao ofício da Direção do Centro solicitando a análise da potabilidade da água, com a justificativa que três casos de hepatite
A foram confirmados em alunos. Das seis amostras coletadas por profissionais do Laboratório Municipal de Saúde Pública (Lasp), cinco não apresentaram alteração e uma teve resultado insatisfatório por falta de cloro.
Os laudos foram entregues nesta quarta, 8, na segunda visita feita quando, seguindo o protocolo, técnicos coletaram amostras específicas para exames de hepatite A. O material foi entregue ao Laboratório Central Noel Nutels (Lacen, do estado), que encaminhará as amostras à Fiocruz, referência para análise da doença.
Ainda na vistoria de quarta, técnicos da Coordenação de Engenharia inspecionaram torneiras, banheiros e o restaurante que servem ao Centro. Eles inspecionaram ainda a caixa d´água e as cisternas, identificando vestígios de terra e galhos que podem ser provenientes da enchente de um mês atrás e ter provocado acúmulo de resíduos no fundo dos reservatórios.
– Na inspeção, não foram apresentados os certificados da última higienização dos reservatórios e o laudo de potabilidade. Também identificamos a necessidade da vedação adequada das tampas. Esse quadro nos levou a advertir para a não utilização da água, até que todos os procedimentos fossem concluídos. Mas como os trabalhos não foram iniciados, decidimos pela interdição dos reservatórios, em uma ação de prevenção de riscos à saúde pública, uma vez que o vírus pode estar presente em algum deles – explica o engenheiro João Telles, à frente da Coordenação de Engenharia da Vigilância.