80 animais nascem em cativeiro no Zôo de Salvador

O Parque Zoobotânico Getúlio Vargas, em Salvador (BA) ganhou 80 novos animais de janeiro de 2003 até agora. Não haveria nenhuma novidade nisso se esses novos hóspedes não tivessem sido reproduzidos em cativeiro e dentro do próprio parque, com a supervisão da equipe do zôo.

 O trabalho de reprodução de animais em cativeiro, demonstra a preocupação do zôo em multiplicar esforços pela conservação da fauna selvagem, com a reprodução de animais que não são nativos do Brasil.

Para adquirir diferentes e inusitadas espécies, o parque realiza intercâmbio de animais com outras instituições do País. Esse procedimento já resultou na procriação de 19 espécies diferentes, algumas antes nunca reproduzidas pelo zôo de Salvador, assim como, espécies que estão ameaçadas de extinção. Foram reproduzidos, em cativeiro, um camelo, um urso, uma zebra, uma onça, três iguanas e dois micos-leões, dentre outros animais.

Em algumas espécies, o macho é separado da fêmea com seus filhotes, logo após o parto.

– Alguns desses machos, por terem hábitos solitários, acabam matando suas próprias crias, por isso há necessidade de separá-los –  explicou Deny Cesar Moreira, coordenador técnico do parque.

Como cuidado posterior ao nascimento, outras medidas são tomadas, como a de não expor de imediato os filhotes ao público.

– Alguns desses cuidados são tomados pela própria mãe, que protege seu bebê e precisa de um ambiente mais tranqüilo – afirmou Cláudio Lyra, veterinário chefe do zoológico.

Ainda para Deny Moreira, 80 filhotes é um número bastante expressivo.

– Nossa conquista mais celebrada foi a reprodução de um urso-de-óculos, pois nunca havíamos conseguido tal fato – disse.

Tais ursos são assim chamados, porque por manchas que rodeiam os olhos formando anéis, lembrando óculos. O zoo recebe, mensalmente, mais de 40 mil visitantes.