Rio de Janeiro, 07 de Novembro de 2024

50% dos australianos condenam intervenção no Iraque

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Terça, 04 de Maio de 2004 às 01:20, por: CdB

De toda a população da Austrália, 50 por cento acham que a intervenção militar no Iraque, na qual participaram tropas da Austrália, foi em vão, enquanto 40 por cento justificam a ação, segundo uma sondagem publicada hoje terça-feira.

Pela primeira vez desde o envio de soldados australianos ao Iraque, anunciado em março de 2003, o número de cidadãos que rejeitam a operação armada supera o dos que a aprovam, informa a enquete realizada pela empresa Newspoll sob pedido do jornal 'The Australian'.
 
A sondagem assinala que apenas 24 por cento acham que o Iraque contará com um governo democrático dentro de alguns anos, enquanto 64 por cento acham que esta possibilidade é muito remota.

Dos entrevistados, 47 por cento opinam que os aproximadamente 850 soldados australianos ainda presentes na região iraquiana deveriam voltar para casa imediatamente.

A enquete revela que são principalmente os homens e as pessoas com mais de 50 anos que apóiam a presença militar australiana no Iraque e as políticas do governo do primeiro-ministro, John Howard.

Os partidários da retirada imediata das tropas australianas do Iraque são em sua maioria mulheres e jovens de 18 a 34 anos.

O governo de Howard, um dos primeiros a apoiar sem reservas a campanha internacional contra o terrorismo organizada pelo presidente americano, George W. Bush, depois dos atentados de 11 de setembro de 2001, se comprometeu a manter a presença australiana no Iraque pelo menos até 30 de junho de 2005.

A Austrália interveio no desmantelamento do regime talibã no Afeganistão e participou da invasão do Iraque com 2.000 efetivos e material bélico.

O partido Trabalhista na oposição reiterou em várias ocasiões que se ganhar as próximas eleições, previstas para esse ano, irá retirar as tropas do Iraque.

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