Argentina: pesquisas apontam Menem e Kirchner no segundo turno

A uma semana das eleições presidenciais na Argentina, diversas pesquisas de intenção de voto divulgadas neste domingo, apontam um empate técnico entre o ex-presidente do país Carlos Menem e Néstor Kirchner, ambos do Partido Justicialista (peronista). Nenhum desses dois candidatos alcança 45% dos votos, o mínimo exigido pela Constituição argentina para eleger um presidente ainda no primeiro turno. Por isso, a eleição presidencial deverá ser decidida num segundo turno entre ambos no dia 18 de maio. Pesquisa feita pelo consultor privado Hugo Haime e publicada pelo jornal La Nación mostra Menem na liderança das intenções de voto com 19,4% e uma pequena vantagem sobre Kirchner, que tem 19,2%. Em terceiro lugar aparece o também peronista e presidente do país por uma semana, Adolfo Rodríguez Saá, com 17%, seguido pelo ex-ministro da Economia Ricardo López Murphy, de uma coalizão de centro-direita, com 12,9, e pela deputada Elisa Carrió, de centro-esquerda, com 9,9%. Outras pesquisas publicadas, realizadas por outros institutos privados, não diferem muito da anterior, pois também apontam para um segundo turno entre Menem, que governou o país por dois mandatos entre 1989 e 1999, e Kirchner. Uma sondagem do instituto Ipsos publicada hoje pelo jornal Página 12 atribui a Kirchner, que conta com o apoio do presidente do país, Eduardo Duhalde, 20,7% das intenções de voto, 2,6 pontos percentuais a mais do que Menem. Kirchner, governador da província de Santa Cruz, localizada na Patagônia, também aparece em primeiro entre os jovens que irão às urnas pela primeira vez, com 18,3%, seguido por Rodríguez Saá, com 16,5 e por Menem, com 16,1%. Apesar de todas as enquetes apontarem Menem como um dos candidatos que disputará o segundo turno, ele tem o maior índice de rejeição, pois 65,1% dos entrevistados pelo Ipsos assegurou que "jamais" votaria no ex-presidente. Devem votar nas eleições do próximo domingo quase 25,5 milhões de eleitores, 650 mil deles pela primeira vez. As pesquisas mostram que os indecisos, aqueles que não pretendem votar, que votarão em branco ou que anularão o voto totalizam 20%.