O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, se recusou a fixar uma data para a retirada das tropas americanas do Iraque, avaliando que isso seria "um grave erro". Segundo o presidente, os EUA vão continuar ajudando o Iraque a passar pela transição democrática e a reconstruir o país. Bush discursou em uma tentativa de convencer os cidadãos da necessidade de permanecer no Iraque.
- No ano passado fizemos progressos significativos. Mas ainda temos muito trabalho a fazer. Nossos soldados estão treinando os militares iraquianos para que eles possam se defender sozinhos, combater os inimigos e coordenar equipes antiterroristas. A nossa missão é treinar esses homens e deixá-los prontos. Assim poderemos voltar para casa - disse o presidente americano.
- Os terroristas não entendem a América. Os americanos não temem ameaças. Não vamos permitir que nosso futuro seja determinado por carros-bomba e assassinos. Os terroristas podem matar pessoas inocentes, mas não podem impedir o avanço da liberdade - completou.
- Admito que os americanos queiram que nossas tropas voltem para casa o mais rápido possível. Eu também. Se nossos comandantes no terreno nos disserem que precisamos de mais tropas, eu as enviarei - afirmou o presidente.
A maioria dos americanos desaprova as decisões de Bush sobre o Iraque e acredita que ele "enganou intencionalmente" a opinião pública, segundo uma pesquisa publicada na segunda-feira. Para 57% dos entrevistados na pesquisa ABC News/The Washington Post, o presidente dos EUA "enganou intencionalmente" a opinião pública sobre as razões da invasão do Iraque. De acordo com a mesma sondagem, 57% dos americanos pensam que o governo Bush exagerou as informações sobre as armas de destruição em massa que o regime de Saddam Hussein teria.