Um cineasta foi condenado por utilizar jovens viciadas em drogas para fazer um filme sadomasoquista, segundo o veredicto proferido nesta segunda-feira por um tribunal federal suíço que confirma uma sentença que já o condenou a prisão. O responsável pelo filme recorreu à contratação de prostitutas drogadas que precisavam de dinheiro para comprar heroína, e as usou para filmar cenas de violência sexual.
O filme, que foi examinado pelos juízes, contém cenas nas quais várias jovens que parecem drogadas são submetidas a práticas sadomasoquistas e escatológicas. O cineasta recorreu à contratação dessas prostitutas porque "era mais fácil, já que precisavam de dinheiro e suportavam melhor a dor", segundo o tribunal. Das quatro atrizes interrogadas pelos juízes sobre sua participação no filme, uma confessou que teve que reprimir os gritos de dor durante a filmagem e outra assegurou ter sangrado por causa das práticas às quais foi submetida.
O tribunal federal confirmou assim a sentença imposta por uma instância judicial suíça de dois anos de prisão. A sentença é inferior à de dois anos e meio de prisão aos quais o cineasta foi inicialmente sancionado em março do ano passado pelos crimes de pornografia, abusos e atos de natureza sexual sobre pessoas incapazes de discernimento.