A Coréia do Norte exigiu dos Estados Unidos a exclusão de seu país da lista dos países que apóiam o terrorismo e a suspensão das sanções econômicas e militares como condição para uma segunda reunião multilateral sobre o seu programa de armas nucleares, informou nesta terça-feira, a agência norte-coreana KCNA.
Segundo disse à KCNA um porta-voz do Ministério norte-coreano de Assuntos Exteriores, Pyongyang pede, além disso, que os EUA e outros países da região enviem combustível e assegurem o fornecimento de energia.
O porta-voz reiterou que a aceitação da proposta condiciona de forma absoluta o reatamento das conversações que acontecerão em Pequim e das quais participam, além das duas Coréias, EUA, China, Japão e Rússia.
-O que está claro é que, qualquer que seja o caso, nossa atividade nuclear não pode ser congelada em troca de nada-disse o funcionário.
O porta-voz lembrou que embora seu país tenha oferecido a retomada do dialogo multilateral em contatos mantidos com EUA em Nova York no mês passado, Washington ofereceu "garantias de segurança por escrito".
A primeira reunião multilateral para dar fim aos quase 14 meses de crise gerada pelo reconhecimento norte-coreano de que mantém um programa nuclear secreto também aconteceu em Pequim, em agosto, e terminou com um vago acordo para a retomada das conversações.
Nessa ocasião, a Coréia do Norte informou por meio da KCNA que os EUA se servem dessas reuniões para desarmar o regime de Pyongyang e sugeriu o conceito de "ação simultânea" de suspensão do programa nuclear em troca de ajuda e do fim das agressões.
Por outro lado, o vice-chanceler sul-coreano, Lee Soo Hyuk, que encabeça a delegação de Seul nas conversações multilaterais, disse hoje em um programa de rádio que se não acontecerem na próxima semana, as reuniões de Pequim deverão ser adiadas para 2004.
Coréia do Norte impõe condições aos EUA para negociar crise
Arquivado em:
Terça, 09 de Dezembro de 2003 às 09:40, por: CdB