Os democratas exigiram a recontagem dos votos na circunscrição da ilha de Hong Kong, impedindo o conhecimento dos resultados definitivos. A exigência foi uma demonstração da decepção dos democratas com o avanço das formações pró-Pequim nas eleições legislativas realizadas neste domingo em Hong Kong.
O presidente da Comissão Eleitoral, o juiz Woo Kwok-hing, permitiu a recontagem de votos , a pedido da oposição, que denunciou não haver compatibilidade entre o número de votos emitidos e o número contabilizado nos centros eleitorais.
Antes do final da contagem dos votos , o grupo de políticos contrários a Pequim somava 12 assentos dos 30 em jogo nestas eleições.
O campo democrata, formado pelo próprio Partido Democrata,conseguiu assegurar seis vagas no Legislativo, e outras formações independentes, esperavam ter 27 ou 28 cadeiras para assim garantir uma oposição sólida.
A participação dos eleitores nas eleições de domingo foi de 55,63%, a mais alta atingida em eleições realizadas nesta região autônoma chinesa. Os mais três milhões de eleitores puderam eleger 30 dos 60 deputados que formam o Parlamento, já que metade da Câmara se reserva a grupos profissionais, que em sua maioria são de acordo com os interesses da China.
Os resultados definitivos de quatro das cincos circunscrições, com exceção da ilha de Hong Kong, mostraram em geral um inesperado avanço das forças próximas à China.