Grandes explosões e barulhos de artilharias menores voltaram a ser ouvidas nesta noite de sexta-feira, em Bagdá, na tática americana de cercar a cidade. Os ataques mais pesados tiveram como alvo a região central - aviões da coalização foram ouvidos. Já os fuzileiros navais americanos, que avançam pelo sudeste da capital iraquiana, abriram fogo contra os bairros mais a leste da cidade. Outros combates continuam a sudoeste, onde os Estados Unidos e a Grã-Bretanha tentam tomar o controle total do aeroporto internacional de Bagdá (a cerca de 20 km nesse sentido). O correspondente da BBC, que viajou com as tropas americanas ao longo do Rio Tigre, informou que, em cerca de uma hora de combate, dezenas de tanques iraquianos teriam sido destruídos e centenas de soldados, inclusive da Guarda Republicana, teriam sido mortos, se rendido ou capturados. Prioridade A grande ofensiva anglo-americana no momento tem sido no aeroporto internacional de Bagdá. O local é considerado um dos pontos mais estratégicos na batalha pela posse da capital. Especialistas acreditam que a infra-estrutura pode ser utilizada como um quartel, possivelmente da 101ª Divisão Aerotransportada, e pode ser o ponto de partida de boa parte dos ataques à cidade. O aeroporto possui duas pistas. Uma era utilizada para vôos civis e comporta pousos e decolagens de aviões de grande porte. A outra é um pouco menor, para uso militar. Fontes americanas revelaram que 320 iraquianos teriam sido mortos nos ataques ao aeroporto, e alguns veículos e baterias antiaéreas teriam sido apreendidos. Precaução Atualmente, as tropas americanas estão revistando todos os edifícios e as estruturas do aeroporto, com o intuito de limpá-las de possíveis armadilhas deixadas pelas forças iraquianas. Também estão explodindo todos os locais suspeitos. Outra preocupação é controlar as imediações, para assegurar que nenhum soldado iraquiano se aproxime do local. A tomada de Bagdá pode ocorrer lentamente. Especialistas acreditam que, pela grande quantidade de civis na cidade, as ofensivas sejam cirúrgicas. Ou seja, com armas de pequeno porte, porém de grande precisão. Os americanos também devem adotar a tática de propaganda pela TV, caso consigam controlar a televisão iraquiana, para convencer a população de que a resistência é inútil e de que a invasão é iminente.
EUA lançam novos bombardeios a Bagdá
Arquivado em:
Sexta, 04 de Abril de 2003 às 21:18, por: CdB