A imprensa oficial chinesa informou, nesta segunda-feira, que quase a metade dos filhos dos imigrantes rurais nas cidades chinesas não alcançam a educação básica obrigatória devido às altas matrículas que devem pagar nos colégios públicos.
A causa do complexo sistema de residência ("haiku") do país, que começou a se suavizar em 2003, muitos camponeses que trabalham nas grandes cidades não estão registrados, ou seja, são ilegais dentro de seu país, por isso devem pagar um dinheiro extra chamado "doação" para que seus filhos sejam admitidos nas escolas.
Desta forma, 46,9% dos imigrantes de seis anos, idade à qual se inicia a educação obrigatória básica, não começaram a escola, enquanto os que têm entre 11 e 14 anos estão ainda na primeira ou segunda séries.
Na China existem mais de 140 milhões de emigrantes internos, 10% da população total, e cerca de 20 milhões são menores de 18 anos, de acordo com estatísticas oficiais de 2004.
A maioria deles têm renda muito baixa e, por exemplo, na capital chinesa, 0,2% vive com 60 dólares mensais e 43,2% com uma renda que oscila entre 60 e 120 dólares.