Embora os incêndios florestais de verão sejam comuns na Grécia, o governo afirma que as condições que os cientistas associam à mudança climática os tornaram mais intensos este ano.
Por Redação, com Reuters - de Atenas
Os incêndios na Grécia ardem pelo sétimo dia consecutivo nesta sexta-feira, destruindo dezenas de milhares de hectares de terra no Nordeste do país, no que o Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus, apoiado pela União Europeia, disse ser o maior incêndio registrado em solo europeu em anos.
– A Grécia está passando pelo ano mais difícil, em termos de condições climáticas, na história do registro e coleta de dados meteorológicos – disse o porta-voz do governo Pavlos Marinakis.
Segundo ele, as equipes de bombeiros estão lutando contra 517 incêndios florestais que eclodiram em toda a Grécia desde a última sexta-feira, alimentados por altas temperaturas e, em alguns casos, por ventos fortes.
Verão
Embora os incêndios florestais de verão sejam comuns na Grécia, o governo afirma que as condições que os cientistas associam à mudança climática os tornaram mais intensos este ano.
– É a combinação de altas temperaturas, seca e ventos que, infelizmente, cria as condições ideais para incêndios florestais com comportamento extremo – disse Marinakis.
Em uma publicação na plataforma de mídia social X, anteriormente conhecida como Twitter, o serviço Copernicus afirmou que o incêndio florestal no Nordeste da Grécia, que começou no sábado perto da cidade de Alexandrópolis, é "o maior registrado em solo europeu em anos", queimando um total de 72.344 hectares até agora.
Autoridades anunciaram nesta sexta-feira que um corpo carbonizado, que se acredita ser de um imigrante, foi encontrado em uma área florestal na região de Evros, nordeste do país, elevando para 21 o número total de mortos nos incêndios.