Pacientes e funcionários do último hospital público de Monróvia em funcionamento foram obrigados a fugir depois que o hospital foi alvo da guerra violenta que atinge a capital da Libéria, informou a organização MSF (Médicos Sem Fronteiras). O Hospital Redemption, com capacidade para 130 leitos e apoiado pela MSF, estava lotado por pacientes vítimas de guerra O Coordenador Geral da MSF na Libéria, Alain Kassa, tentou chegar ao hospital e descreve uma situação cada vez mais desesperadora no norte da cidade. - Há corpos espalhados pelas principais ruas e você pode sentir o cheiro da morte em muitos lugares. A equipe da MSF encontrou pacientes que conseguiram fugir em ambulâncias e outros que foram carregados por funcionários e parentes, um deles num carrinho de mão, informa a organização. Perigo Sem atendimento médico adequado aumenta o risco de epidemias de cólera e sarampo na Libéria. Em Monróvia, há corpos espalhados pelas ruas e cerca de 1 milhão de pessoas vagam pela cidade. A MSF iniciou nesta quarta-feira a distribuição de água potável a população deslocada. Um ultimato dos rebeldes para que o presidente Charles Taylor renuncie, sob pena de enfrentar seguidos ataques, expira nesta quarta-feira. Quatro dias depois que o ataque começou, as ruas da área dominada pelo governo estão tomadas por pessoas apavoradas a procura de abrigo, disse um correspondente. O chefe da agência de refugiados da ONU, Ruud Lubers, pediu que o órgão envie uma força de paz para a Libéria.
Guerra na Libéria fecha último hospital em Monróvia
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Quarta, 11 de Junho de 2003 às 16:33, por: CdB