Rio de Janeiro, 07 de Dezembro de 2024

Houthis dizem que continuarão com ataques no Mar Vermelho

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Quarta, 31 de Janeiro de 2024 às 14:09, por: CdB

O grupo rebelde vem, desde novembro, atacando navios comerciais como forma de demonstrar apoio aos palestinos e ao Hamas, grupo extremista que controla a Faixa de Gaza e está em guerra com Israel.


Por Redação, com Poder360 e EFE - de Gaza


O Houthi disse nesta quarta-feira que continuará os ataques a navios dos EUA e do Reino Unido no Mar Vermelho. Em comunicado citado pela agência inglesa de notícias Reuters, o grupo rebelde afirmou que as investidas representam atos de autodefesa.




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Grupo rebelde afirma que investidas seguem até que seja acordado um cessar-fogo na Faixa de Gaza

Os EUA vem realizando uma série de ataques contra alvos dos houthis desde o começo do ano. Ao menos dois deles foram realizados em conjunto com o Reino Unido.


O grupo rebelde vem, desde novembro, atacando navios comerciais como forma de demonstrar apoio aos palestinos e ao Hamas, grupo extremista que controla a Faixa de Gaza e está em guerra com Israel.


Os houthis têm sua origem em um grupo do norte do Iêmen e pertencem ao segmento xiita da religião muçulmana, assim como o Irã. A ligação religiosa entre o grupo e Teerã o fazem serem considerados aliados, com ambos considerando-se integrantes do “Eixo de Resistência”, que inclui o Hamas.


O grupo rebelde disse que continuará com as investidas até que seja acordado um cessar-fogo na Faixa de Gaza e que alimentos e medicamentos sejam autorizados a entrar no enclave palestino para aliviar a crise humanitária.


Algumas companhias marítimas suspenderam o trânsito pelo mar Vermelho. Com isso, os navios precisam realizar viagens mais longas e mais caras ao redor da África para evitar serem atacados.



Bombardeios de Israel


Ao menos 114 pessoas morreram nas últimas 24 horas em decorrência dos bombardeios de Israel contra a Faixa de Gaza, elevando para 26.750 o total de mortos desde o início da guerra no enclave, segundo os últimos dados do Ministério da Saúde do território, controlado pelo Hamas.


Durante o último dia, hospitais e serviços de emergência trataram ferimentos de diversas gravidades de 250 pessoas, elevando para 65.636 o total de feridos em Gaza em 116 dias de ofensiva militar israelense.


– Várias vítimas permanecem debaixo dos escombros e nas estradas e a ocupação impede que ambulâncias e equipes de Defesa Civil cheguem até elas – denunciou o porta-voz do Ministério da Saúde, Ashraf al Qudra.


Uma das áreas mais atingidas pelos combates e bombardeios é Khan Younis, no sul, onde Israel mantém os principais hospitais da cidade, Al Naser e Al Amal, sob cerco durante oito dias.


– As forças de ocupação israelenses realizam execuções em massa em Khan Younis, sitiando seus hospitais e impedindo o movimento de ambulâncias para resgatar os feridos – denunciou Al Qudra.


O Crescente Vermelho palestino também relatou bombardeios intensos nas proximidades do hospital Al Amal, área que o Exército israelense mandou evacuar, incluindo o centro médico, que abriga milhares de pacientes e deslocados internos.


À agência palestina de notícias Wafa também informou de ataques aéreos contra duas casas de famílias na Cidade de Gaza, no norte da Faixa, onde Israel está reforçando suas operações após diminuir a intensidade da ofensiva, devido ao retorno dos milicianos do Hamas à área.


“Fontes médicas indicaram que dezenas de civis foram mortos e dezenas de outros ficaram feridos em um bombardeio israelense contra duas casas das famílias Madoukh e Al Amawi no bairro de Al Sabra, ao sul da Cidade de Gaza”, afirmou a Wafa.


Além disso, três civis morreram em ataques aéreos israelenses que atingiram várias casas habitadas no campo de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, e foram posteriormente transferidos para o Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, segundo a agência palestina.


A Wafa também relatou ataques aéreos e de artilharia contra casas em Beir Lahia, no extremo norte do enclave; no oeste de Khan Yunis e no bairro Geneina de Rafah, no extremo sul da Faixa, onde mais de 1 milhão de pessoas estão deslocadas.


Dada a superlotação em que vivem os evacuados na Faixa, o Ministério da Saúde já registrou mais de 700 mil casos de doenças infecciosas, além de alertar para o grave perigo de fome.




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