Rio de Janeiro, 14 de Janeiro de 2025

Imprensa mundial comenta violência no Rio e sistema de cotas

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Sexta, 09 de Maio de 2003 às 08:08, por: CdB

A violência no Rio de Janeiro e o sistema de quotas em universidades do Estado receberam destaque na imprensa internacional nesta sexta-feira. Em sua edição que chegou às bancas nesta sexta-feira, a revista britânica The Economist chama a atenção para o fato de que a violência chegou até mesmo aos bairros mais ricos da capital fluminense - algo novo até para "quem está acostumado a viver em uma das cidades mais violentas do mundo". A revista diz que o governo estadual tem uma horrível história recente e afirma que quem manda de verdade no Rio não é a governadora Rosinha Matheus, mas seu marido, o recém-empossado secretário de Segurança Anthony Garotinho. Afirmando que Garotinho deseja disputar a Presidência da República em 2006, a revista diz que ele pode sentir a tentação de fechar um acordo com os traficantes de drogas a fim de obter resultados rápidos no combate à violência. Se isso acontecer, afirma a publicação, "ele vai entrar em choque com o governo federal, que tem noções mais radicais de reforma". O Libération, de Paris, diz que a iniciativa de implantar um sistema de quotas raciais nas universidades do Rio de Janeiro está causando polêmica em um país que se orgulha de ter uma "democracia racial". Segundo o jornal, as universidade públicas brasileiras são um "bastião das elites brancas" e qualquer tentativa de aumentar a participação dos negros nelas enfrenta resistência. O jornal levanta dúvidas sobre a propalada "democracia racial" e diz que as desigualdades sociais também são fruto do racismo, e não apenas da pobreza. Um exemplo citado é o do mercado de trabalho. - Mesmo com uma qualificação similar, um negro não pode esperar uma posição igual à de um branco - diz o jornal. Os jornais argentinos abrem espaço para a visita do candidato a presidente Néstor Kirchner a Luiz Inácio Lula da Silva, na quinta-feira em Brasília. "Lula dá aval a Kirchner", diz o La Nación em sua primeira página, afirmando que o presidente brasileiro manifestou seu apoio e prometeu fidelidade ao candidato argentino. Para o Clarín a longa duração do encontro - 1h15min ao invés dos 40min programados - mostra que o governo do Brasil dá como certa a vitória de Kirchner na votação do dia 18. - A atenção dada ao governador de Santa Cruz na imprensa brasileira também foi um indicador que todos aqui o consideram como o futuro presidente argentino - escreveu o enviado especial do jornal a Brasília, Daniel Míguez. Kirchner é apoiado pelo presidente Eduardo Duhalde e seu rival no segundo turno da eleição argentina é o ex-presidente Carlos Menem, um antigo desafeto de Lula.

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