Na terceira etapa da viagem ao Oriente Médio - Emirados Árabes -, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que será possível colher no curto prazo resultados práticos das conversas com o mundo árabe. Ressaltou que a viagem não tem objetivos estritamente comerciais. "Tem conteúdo político e cultural". Reforçou que será uma oportunidade, também, de fortalecer o G-20, grupo formado por países em desenvolvimento - criado durante a Conferência de Cancún, no México. Disse, também, que o mundo árabe complementa o círculo de países, com os quais o Brasil quer estreitar os laços. Estão entre eles os africanos, os asiáticos - Índia e China especialmente -, além dos países da América do Sul.
O presidente salientou, em entrevista coletiva, que o Brasil não pode ficar esperando que as oportunidades apareçam. "Precisamos mostrar ao mundo as coisas boas que temos, e temos muitas coisas boas para mostrar, como a competência produtiva, no agronegócio, científica e tecnológica", comentou. Alertou, no entanto, que apesar de fomentar as negociações com os países em desenvolvimento, o Brasil não pode prescindir das relações que mantêm com países ricos, como Estados Unidos e da União Européia (UE).
Lula disse que o Brasil tem interesse em manter uma base comercial no Iraque. Lembrou que o setor de engenharia nacional desponta como grande força para conquistar espaço naquele território ocupado no momento pelos Estados Unidos. Ele frisou ainda que a situação no Iraque deve ser conduzida pela Organização das Nações Unidas (ONU). (A seguir disponibilizaremos a íntegra da entrevista coletiva do presidente Lula)