Segunda, 28 de Fevereiro de 2022 às 13:14, por: CdB
O serviço de imprensa do líder russo observou que a conversa ocorreu por iniciativa do lado francês, e as condições listadas foram uma resposta à apresentação de pontos de vista por Macron "em relação à operação militar especial da Rússia para proteger o Donbass”.
Por Redação, com agências internacionais - de Moscou e Paris
Enquanto flexiona o poderio bélico do país, o presidente russo, Vladimir Putin, em uma conversa telefônica com o presidente francês Emmanuel Macron nesta segunda-feira, listou as condições necessárias para resolver a situação na Ucrânia, informou o Kremlin. O Chefe de Estado ressaltou que isso somente será possível "com consideração incondicional dos legítimos interesses de segurança da Rússia”:
Reconhecimento da soberania russa sobre a Crimeia;
desmilitarização e desnazificação do Estado ucraniano;
garantindo o status neutro da Ucrânia em relação à Otan.
O serviço de imprensa do líder russo observou que a conversa ocorreu por iniciativa do lado francês, e as condições listadas foram uma resposta à apresentação de pontos de vista por Macron "em relação à operação militar especial da Rússia para proteger o Donbass”.
Neonazistas
Como Putin observou na conversa, Moscou está aberta a negociações com representantes de Kiev e espera que eles levem aos resultados desejados. Ele também chamou a atenção especial do interlocutor de que os militares russos não ameaçam civis e não atacam alvos civis. Esta ameaça vem de neonazistas ucranianos que colocam armas de ataque em áreas residenciais, para usar a população civil como escudos humanos, acrescentou o Kremlin.
O Palácio do Eliseu também informou sobre a conversa dos chefes de Estado. Como afirmado no comunicado, Macron "repetiu a demanda da comunidade internacional para acabar com a ofensiva russa contra a Ucrânia e confirmou a necessidade de um cessar-fogo imediato”.
"O presidente da República convidou o presidente da Rússia a manter contato nos próximos dias para evitar a deterioração da situação. O presidente Putin deu seu consentimento", acrescentou o serviço de imprensa do líder francês.
Sem efeito
Macron vem sendo um dos mais ativos líderes europeus nas negociações antes e durante a guerra, tendo mantido contato constante com Putin. O francês chegou a ir para Moscou para negociar pessoalmente com o presidente russo, mas os apelos não surtiram efeitos.
Como resposta aos combates bélicos, a União Europeia e seus aliados ocidentais impuseram uma série de duras sanções financeiras contra membros do governo - incluindo Putin -, bancos, empresas e oligarcas para tentar fazer Moscou parar com os ataques.
Além disso, os russos estão impedidos de voar no espaço aéreo da União Europeia e Reino Unido.