Médicos residentes de todo o país realizaram, nesta quinta-feira, uma paralisação por aumento no valor da bolsa que recebem pela especialização. Eles pedem aumento de 30% no valor, que não é reajustado há cinco anos. Além da paralisação, está marcada uma manifestação em frente aos ministérios da Educação e da Saúde.
A residência médica é a maneira de formar o especialista. Os candidatos são escolhidos por meio de concurso público, em caso de hospitais públicos, ou concurso privado, em caso de hospitais particulares. Dependendo da especialidade, a residência pode durar dois anos, no caso de clínica médica, ou até cinco anos, no caso de neurocirurgia.
O presidente da Associação Nacional de Médicos Residentes, Marcos Paulo Barbosa, explicou, que os 30% reivindicados pela categoria são a reposição da inflação dos últimos cinco anos. Ele disse que o valor da bolsa, atualmente, está em torno de R$ 1,5 mil.
De acordo com o presidente da associação, as bolsas de residência que são credenciadas pelo Ministério da Educação devem receber o aumento reivindicado. Os problemas são as bolsas que ficam sob a competência das Secretarias de Saúde dos estados. Das 17 mil bolsas que são pagas, o MEC só repassa 4,5 mil. O restante é pago pelas Secretarias de Saúde, que não teriam como arcar com o aumento.