Rio de Janeiro, 07 de Dezembro de 2024

Número de vítimas da pandemia continua alto e governo permanece negacionista

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Sábado, 14 de Agosto de 2021 às 17:01, por: CdB

Entre as principais medidas negligenciadas, estão a realização intensa de testes, rastreio de contágios e adoção de medidas de isolamento social. Ao contrário, o presidente Jair Bolsonaro nega a ciência e as orientações dos pesquisadores e da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Por Redação, com BdF - de Brasília, São Paulo e Sydney
O balanço divulgado neste sábado pelo Ministério da Saúde registra 31.142 novos diagnósticos de covid-19 em 24 horas. Esse dado eleva para 20.350.142 o número de pessoas infectadas pela doença desde o início da pandemia no país. Na véspera, o painel de estatísticas marcava 20.319.000 casos acumulados e 966 mortes pela covid-19.
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Entre as principais medidas negligenciadas, estão a realização intensa de testes, rastreio de contágios e adoção de medidas de isolamento social. Ao contrário, o presidente Jair Bolsonaro nega a ciência e as orientações dos pesquisadores e da Organização Mundial da Saúde (OMS). Muitos países adotaram a receita indicada pelos cientistas e controlaram de forma eficaz o surto. Na Austrália, por exemplo, o governo realiza um intenso rastreio dos casos confirmados. Ao menor sinal de descontrole, as cidades adotam medidas rígidas de isolamento social, o chamado lockdown (confinamento). No início da semana, a capital Camberra iniciou o distanciamento social após a identificação de apenas um caso.

Resultados

Os resultados são claros. O país da Oceania tem 948 mortos pela covid-19 desde o início da pandemia, o equivalente a um dia no Brasil, segunda nação com maior número de mortos, atrás apenas dos Estados Unidos. A mortalidade em relação à população no Brasil é 4,4 vezes superior à média mundial. Cientistas afirmam que, caso o governo federal tivesse adotado medidas para proteger a população, poderiam ter sido salvas mais de 400 mil vidas. A Austrália também se destaca positivamente em relação à estratégia vacinal. O governo local foi duramente criticado por não traçar uma estratégia rápida para compra de vacinas. Com escassez de imunizantes tal como o Brasil, a Austrália optou por acelerar as segundas doses, em vez de priorizar o avanço das primeiras.

Negacionismo

Enquanto a variante delta ganha espaço no Brasil e ainda circula de forma tímida, em outros países a cepa provocou elevação brusca nos casos registrados. A relevância da vacinação fica explícita em um cenário comparativo. Países que vacinam com maior velocidade e sociedades que aceitam de forma mais positiva os imunizantes mantém a redução das mortes, mesmo com aumento de infectados. Entretanto, em países que enfrentam dificuldades com a vacinação não vivem o mesmo cenário positivo. Os Estados Unidos possuem abundância de vacinas, suficiente para toda a população. Entretanto, menos da metade dos norte-americanos estão vacinados com duas doses, 46,31%. Pesa sobre o país o problema da desinformação e das fake news. Movimentos negacionistas e antivacinas divulgam mentiras sobre a segurança dos imunizantes. O resultado é o avanço descontrolado da doença, com mais de 100 mil casos diários em média nesta semana. O Centro de Controle de Doenças (CDC) do país afirma que 99% das mortes nas últimas três semanas são de pessoas que rejeitaram as vacinas. Enquanto isso, o Canadá, com mais de 60% da população totalmente imunizada, não experimenta o mesmo avanço, como é possível ver nos gráficos comparativos a seguir.
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