Rio de Janeiro, 12 de Fevereiro de 2025

<i>NY Times</i> identifica mais 10 artigos falsos de ex-repórter

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Quinta, 12 de Junho de 2003 às 11:20, por: CdB

O jornal The New York Times anunciou nesta quinta-feira, uma semana depois do escândalo que levou à demissão de seus dois editores principais, ter identificado outros dez artigos de seu ex-repórter Jayson Blair que continham dados falsos. Numa nota do editorial, o jornal disse que uma análise dos artigos assinados por Blair antes de outubro passado revelou mais casos de dados falsos. Blair pediu demissão em 1º de maio e, no dia 11 seguinte, o jornal publicou um relato detalhado sobre as falsificações e os plágios contidos em seus artigos escritos em outubro e desde então. - Já foram encontrados 10 outros artigos de Blair que contêm dados incorretos, trechos possivelmente plagiados ou frases reproduzidas que foram desmentidas pelas pessoas às quais foram atribuídas - diz a nota. O editor executivo Howell Raines e o editor nacional Gerald Boyd pediram demissão do NY Times em 5 de junho em função do escândalo provocado pelo fato de Jayson Blair ter falsificado dezenas de artigos publicados no jornal, visto por muitos como o mais influente dos Estados Unidos. O jornalista premiado com o Pulitzer Rick Bragg também se demitiu depois de ser acusado de ter praticado reportagem desonesta. Em seu Web site, www.nytimes.com/corrections.html, o jornal publicou uma lista dos dez artigos adicionais de Blair contendo dados falsos. O primeiro deles é de abril de 2000. Com relação a um artigo de 5 de agosto de 2001 intitulado "Ceticismo Saudável e a Promoção da Aids", o Web site do jornal diz que Blair parece ter copiado trechos de uma matéria publicada cinco anos antes no The Wall Street Journal. O trecho citado foi: "Em 1987, por exemplo, o governo federal resolveu chocar a população norte-americana com uma mensagem assustadora: qualquer um pode contrair Aids". A história publicada pelo Times no dia 1o de maio de 1996 contém a seguinte frase: "No verão de 1987, autoridades do Departamento de Saúde tomaram a decisão fatídica de bombardear a população com uma mensagem aterradora: qualquer um pode contrair Aids".

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