O líder palestino, Iasser Arafat, 75, está entre a vida e a morte em um hospital militar na França. Os boatos dizem que ele já tem morte cerebral e que os órgãos estão funcionando com a ajuda de aparelhos.
Na semana em que George W. Bush é reeleito presidente dos Estados Unidos, parece que a saúde de Arafat não agüentou o tranco da notícia.
É novidade demais em uma semana para a cena do conflito entre israelenses e palestinos. Continua o carrasco do Islã e cai o maior ícone da luta pela causa palestina.
Quem irá ocupar o lugar de Arafat é uma incógnita, já que não foi deixado nenhum processo claro para a escolha de um sucessor, mesmo porque, apesar de todos saberem que sua saúde era frágil, ninguém imaginava que ele seria internado de uma hora para outra, como acabou acontecendo.
Uma hipótese seria o primeiro-ministro Ahmed Korei, que já assumiu algumas funções de Arafat. Contudo, ele não goza de prestígio e carisma junto ao povo palestino. É um nome de pouca expressão popular.
O ex-primeiro ministro, Mahmoud Abbas, seria um bom nome, visto que é conhecido da população e que atualmente trabalha ao lado de Korei, isso manteria as características do atual governo da ANP.
Israel acaba ficando em uma situação delicada por não poder expressar sua opinião sobre quem acha que deverá assumir a liderança do povo palestino, se Arafat realmente não voltar. Qualquer nome levantado pelos judeus adquirirá automaticamente uma antipatia por parte dos palestinos.
Arafat, nascido no Cairo, segundo registros e em Jerusalém, segundo ele próprio, participou de importantes processos de paz. Hoje em dia está fraco politicamente, inclusive perante toda a comunidade internacional.
Os Estados Unidos e Israel não aceitam negociar com ele, o tacham como sendo um obstáculo à paz.