Apesar dos convênios e tratados internacionais que assinados, a escravidão não foi erradicada e persiste no mundo, especialmente na América Latina, embora sob formas contemporâneas.
Assim consta em um relatório divulgado pelas Nações Unidas por causa do Dia Internacional para a Abolição da Escravidão, comemorado na última terça-feira.
Segundo os dados da organização, milhões de pessoas, entre elas mulheres e crianças, continuam vivendo em condições de servidão, em benefício dos que lucram com a compra e venda de outros seres humanos.
Na Colômbia, o representante do Escritório da ONU para o Controle de Drogas e Prevenção do Delito (ONUCDPD), Karolina Gudmundsson, destacou que milhares de pessoas vivem nessas condições na região da América Latina ou são vendidas em outras regiões.
- Na América Latina neste momento há outras práticas similares à escravidão, como pode ser tudo que for relacionado ao tratamento de pessoas - explicou.
Isto inclui, disse, o trabalho forçado e a servidão por dívidas, assim como o exploração sexual e o engano, 'que também tem seus vínculos com a escravidão moderna'.
Apesar da escravidão e o comércio de escravos terem sido abolidos oficialmente, em muitos países se mantém a prática em parte pelo desconhecimento das vítimas sobre seus próprios direitos.
A primeira convenção internacional contra a escravidão foi em 1926, enquanto o Estatuto de Roma que estabeleceu a Corte Penal Internacional considera a escravidão sexual e a prostituição forçada como crimes contra a humanidade.
ONU: Escravidão não foi erradicada
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Terça, 02 de Dezembro de 2003 às 23:14, por: CdB