A agressão do atacante Adriano, da Inter de Milão, ao jogador do Valencia Marco Caneira foi considerada normal e compreensível pelo técnico do Brasil, Carlos Alberto Parreira. O brasileiro foi expulso ao final do jogo desta terça-feira pela Copa dos Campeões após dar soco no adversário, que o provocou com um tapa.
- Acho que a reação dele foi normal...ninguém recebe um tapa na cara e fica olhando para o adversário. Acho que reagiu da maneira certa - disse Parreira em entrevista no Rio.
- Acho que não deveria ter dado (soco), mas eu não condeno o jogador. Acho que eu teria revidado da mesma maneira. Ganhar um tapa na cara de graça....só um cara que não tem sangue quente não faz nada. Isso mostra que ele é bravo, um jogador que não gosta de apanhar. Pelo contrário. É jogador que sabe se impor, tem sangue quente, e isso é bom em determinados momentos - disse ainda.
Parreira disse ainda que assistiu ao jogo entre Barcelona e Milan na terça-feira e definiu o gol da vitória do time espanhol, marcado por Ronaldinho Gaúcho, como uma "preciosidade".
- Foi um gol maravilhoso, 100 mil pessoas, uma jogada individual, com a estampa do Ronaldinho, dois dribles desconcertantes e uma finalização incomum com a perna esquerda - afirmou o técnico brasileiro.
Parreira acrescentou que acredita que a disputa pelo prêmio de Melhor Jogador do Ano está entre Ronaldinho e o francês Thiery Henry.
- Se a votação encerrasse hoje, muitos eleitores mudariam seu voto em favor de Ronaldinho. É uma pena que a votação já foi encaminhada. Se fosse após o gol, ele teria um reforço muito grande. Acho que está entre ele e o Henry - disse.
Parreira abriu apenas um de seus três votos na eleição da Fifa: Henry. Ele, que não pode votar em brasileiros, revelará os outros dois após a escolha do vencedor.