Rio de Janeiro, 02 de Novembro de 2024

Plano do G20 para metas de investimento enfrenta forte oposição

Arquivado em:
Segunda, 09 de Fevereiro de 2015 às 13:55, por: CdB

Autoridades financeiras do Grupo dos 20 países mais influentes no panorama político-econômico mundial devem rejeitar uma proposta para definir metas específicas de investimentos, que serviriam como impulso em uma economia global que parece cada vez mais dependente dos Estados Unidos para crescer.

g20-reuters.jpg
Cumprir essas promessas poderia adicionar mais de US$2 trilhões à economia global e criar milhões de novos empregos durante os próximos, disse chefe do FMI, Christine
A reunião de ministros das Finanças e presidentes de bancos centrais em Istambul acontece ao mesmo tempo em que a Grécia coloca uma nova sombra sobre a Europa, o petróleo barato causa distúrbios na inflação e projeções de crescimento e um dólar cada vez mais fortalecido ameaçam economias emergentes. O vice-primeiro-ministro Ali Babacan disse que a Turquia --que tem a presidência do G20 em 2015-- prefere definir metas vinculantes de investimento nacional, mas parece que enfrenta dificuldades em ganhar apoio. - Todos os países estariam comprometidos?... Não sabemos ainda - disse Babacan em discurso nesta segunda-feira. Uma fonte do G20 disse à agência inglesa de notícias Reuters que a ideia já foi removida do que está sendo discutido. O Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Jack Lew, disse na semana passada que os EUA não podem ser "o único motor de crescimento", e uma autoridade norte-americana sênior disse que a mensagem de Washington novamente será de que a Europa não está fazendo o suficiente. A Alemanha, com seu volumoso superávit em conta corrente e um orçamento equilibrado, tem sido pressionada em sucessivos encontros do G20 para gastar mais. Os líderes das principais economias do mundo acertaram no ano passado que lançariam novas medidas para elevar o crescimento do Produto Interno Bruto coletivo em 2 pontos percentuais adicionais ao longo dos próximos cinco anos acima do nível projetado em 2013. A promessa, chamada de Plano de Ação de Brisbane, reúne cerca de 1.000 compromissos, que agora devem ser reduzidos para um número mais administrável para sua execução. Cumprir essas promessas poderia adicionar mais de US$2 trilhões à economia global e criar milhões de novos empregos durante os próximos quatro anos, disse a chefe do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde, em um blog. Produtividade e competitividade As 20 maiores economias do mundo têm que se concentrar em maior produtividade do trabalho e em se tornarem mais competitivas e inovadoras para cumprirem a promessa de aumentar o crescimento econômico, disse a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) nesta segunda-feira, antes de reunião do G20. Os líderes das 20 maiores economias do mundo acertaram no ano passado que lançariam novas medidas para elevar o crescimento do Produto Interno Bruto coletivo em 2 pontos percentuais adicionais ao longo dos próximos cinco anos acima do nível projetado em 2013. A promessa, chamada de Plano de Ação de Brisbane, reúne cerca de 1.000 compromissos. Ministros das Finanças e presidentes dos bancos centrais do G20 reunidos em Istambul nesta segunda e terça-feiras vão discutir maneiras de priorizar e implementar estes compromissos. - A produtividade laboral continua sendo o principal motor do crescimento no longo prazo - disse a OCDE num relatório preparado para a reunião. A OCDE, junto com o Fundo Monetário Internacional (FMI), deve receber a tarefa de negociar com países individuais sobre quais reformas escolher primeiro. - A prioridade deve ser dada para reformas voltadas a desenvolver capital baseado em conhecimento e capacidades. Elevar a qualidade e a inclusão dos sistemas educacionais vai justificar isso - disse a organização. - Os governos precisam melhorar as determinações de política em competição e inovação para facilitar a entrada de novas firmas e a realocação suave de capital e mão-de-obra na direção das empresas e dos setores mais produtivos - segundo o relatório.    

Tags:
Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo