O projeto do gasoduto Coari-Manaus prevê uma extensão de 662 quilômetros, passando por sete municípios até chegar à capital do Estado do Amazonas - a única do país cuja energia elétrica é gerada a partir do óleo diesel. A obra, que custará cerca de US$ 500 milhões, deverá gerar somente no Estado cerca de 3.400 empregos diretos e outros 10.200 indiretos. Para isso, a Petrobras assinou em novembro empréstimo-ponte com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), de R$ 800 milhões a serem concedidos à Sociedade de Propósito Especifico Transportadora Urucu Manaus S/A, responsável pelo projeto.
Serão escoados mais de 5 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural, a serem consumidos em grande parte pelas usinas termelétricas que fornecem energia para a região a partir do óleo diesel. De acordo com a Petrobras, uma outra parcela do combustível será destinada ao atendimento a indústrias, residências e veículos.
Localizada a 650 quilômetros de Manaus, a província petrolífera de Urucu é uma das maiores do país, em terra. Com uma produção média de 60 mil barris de petróleo e 9,5 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia - atualmente transportados pelo Rio Solimões -, Urucu está encravada na floresta amazônica. Mas a excelência ambiental já rendeu à Petrobras os principais certificados internacionais de segurança e proteção ao meio ambiente.
O petróleo de Urucu é considerado "da mais alta qualidade, o mais leve entre os óleos processados nas refinarias do país". E a produção de gás liqüefeito de petróleo (GLP) abastecem atualmente, os estados do Pará, Amazonas, Rondônia, Maranhão, Tocantins, Acre, Amapá e parte do Nordeste do país.