Embora alguns líderes nacionais e estaduais do partido digam que tudo não passe de uma especulação, os números deixam claro que a realidade é bem diferente. A agremiação partidária reúne, atualmente, 275.516 filiados em São Paulo.
Por Redação – de Brasília
O discurso dos líderes políticos que permanecem no ninho tucano, para o público, tenta passar algum otimismo, diante de mais uma derrota eleitoral. Mas, nas reuniões restritas, nos bastidores, o temor de uma debandada em São Paulo fica cada dia mais claro. A ‘revoada’, para alguns integrantes da legenda, já começou com a saída de Tião Farias, um dos fundadores do PSDB, na semana passada, conforme apurou o diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo.
Embora alguns líderes nacionais e estaduais do partido digam que tudo não passe de uma especulação, os números deixam claro que a realidade é bem diferente. A agremiação partidária reúne, atualmente, 275.516 filiados em São Paulo. Mas, desde 2020, quando os tucanos somavam 301.173 correligionários paulistas, o declínio tem sido recorrente.
Tucanos
A ideia do grupo dissidente, insatisfeito com o desempenho da legenda, é agrupar cerca de 5 ou 6 mil correligionários para um novo projeto político, como forma de negociar uma migração, em bando, para outro partido. Ex-dirigente municipal do partido, Fernando Alfredo, expulso da sigla após declarar apoio a Ricardo Nunes (MDB) durante as eleições, disse ao jornal que falta, no país, uma legenda “de fato social democrata”.
A formação de uma legenda, segundo apurou o diário, “está no radar, mas a prioridade atual, para eles, é a desfiliação de tucanos ‘que compartilham entre si esse descontentamento’ – e uma eventual migração para o MDB, que já estaria preparado para receber os ‘tucanos com Nunes’, ou para o PSD”.
Presidente nacional do partido, Marconi Perillo tem dito, por fim, que tudo não passa de ‘especulação’ dos opositores.