Sonnerborg crê que a ascensão da Ômicron no período que em várias partes do mundo coincide com o inverno, a estação do auge do resfriado, torna "completamente desesperada" a tentativa de determinar individualmente as causas da doença, inclusive devido à redução da gravidade dos sintomas.
Por Redação, com Sputnik - de Estocolmo
A disseminação da variante Ômicron simultânea com a época de inverno, em que várias partes do mundo enfrentam o auge do resfriado, é um fator que contribui para a dificuldade de distinguir as duas doenças, defende um médico.
Os sintomas da covid-19 estão se tornando menos pronunciados, ao mesmo tempo que sinais caraterísticos do resfriado estão se tornando comuns em casos da variante Ômicron, notou na quarta-feira Anders Sonnerborg, médico-chefe do Instituto Karolinska, Suécia.
Sonnerborg crê que a ascensão da Ômicron no período que em várias partes do mundo coincide com o inverno, a estação do auge do resfriado, torna "completamente desesperada" a tentativa de determinar individualmente as causas da doença, inclusive devido à redução da gravidade dos sintomas.
– É muito difícil, senão impossível, distinguir um resfriado mais agudo de uma infecção por coronavírus na situação atual – comentou Sonnerborg à emissora SVT. Segundo ele, a vacinação tem sido eficaz na prevenção de casos severos da covid-19, mas a Ômicron, de modo semelhante ao da variante Delta, tem produzido sintomas mais leves no Reino Unido, o que tanto pode ser uma diferença entre cepas como ser sobretudo um resultado da campanha de vacinação.
Já o resfriado é mais fácil de detectar, devido a seus sintomas mais graves, de acordo com o médico.
– Você tem uma febre maior, uma dor de garganta combinada com uma forte tosse e, não menos importante, dor muscular. Isso difere frequentemente dos outros, embora os sintomas se sobreponham naturalmente.
A infecção
Por isso, indica, apenas a amostragem pode determinar a infecção de um paciente.
Anders Sonnerborg adverte que mesmo com a Ômicron "alguns pacientes acabarão em um hospital com uma doença severa, especialmente aqueles que são frágeis", pelo que é necessário continuar trabalhando para reduzir as infecções.
Estudos recentes da África do Sul e do Reino Unido apontam que os casos detectados da Ômicron têm um menor risco de doença grave, embora ainda não haja confirmação completa dessas conclusões.