Nos últimos anos, o PTB abrigou aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como o próprio Jefferson e o ex-deputado federal Daniel Silveira; além do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha. Com as contas bloqueadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e sem atingir a cláusula de barreira, a sigla buscou na fusão a saída possível para sua sobrevivência.
Por Redação - de Brasília
Ao aprovar a fusão entre o PTB e o Patriota, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aprovou a criação do Partido Renovação Democrática (PRD), ambos de orientação política à direita. A nova sigla, porém, não terá entre seus criadores o ex-deputado Roberto Jefferson, filiado há quatro décadas ao PTB, que presidiu por sete anos. O valor do fundo partidário a que a legenda terá acesso é de R$ 24,6 milhões.

Nos últimos anos, o PTB abrigou aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), como o próprio Jefferson e o ex-deputado federal Daniel Silveira; além do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha. Com as contas bloqueadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e sem atingir a cláusula de barreira, a sigla buscou na fusão a saída possível para sua sobrevivência.
Rajada de balas
Um dos mais tradicionais partidos do país, fundado por Getúlio Vargas e que por décadas representou o trabalhismo na política brasileira, viu sua bancada minguar no Congresso, o que se aprofundou com a guinada bolsonarista dada nos últimos anos por Roberto Jefferson, presidente de honra da legenda.
Jefferson cumpre prisão preventiva desde junho deste ano e será levado a júri popular após disparar uma rajada de balas e três granadas contra os policiais federais que cumpriam uma ordem de prisão contra o ex-parlamentar. Jefferson foi preso inicialmente em agosto de 2021, réu no inquérito das milícias digitais.
No acordo com o Patriota, o PTB, com apenas um deputado federal eleito, entrega ao PRD uma estrutura formada por mais de um milhão de filiados e diretórios por todos os Estados, enquanto o Patriota leva outros quatro parlamentares.