Rio de Janeiro, 14 de Janeiro de 2025

Segundo EUA, Guarda Republicana fora de Bagdá está 'morta'

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Sábado, 05 de Abril de 2003 às 16:26, por: CdB

O comandante da campanha aérea dos Estados Unidos no Iraque afirmou que unidades da Guarda Republicana iraquiana que estão fora da capital, Bagdá, estão "mortas" depois de um intenso bombardeio. "Os militares iraquianos, como uma força de defesa organizada em formações de combate, não existem mais", afirmou o general de divisão Michael Moseley em um pronunciamento no quartel-general americano na Arábia Saudita. Moseley também anunciou que aeronaves das forças de coalizão iniciaram operações de patrulha contínuas, por 24 horas, em Bagdá, para ajudar os soldados em operações terrestres. O anúncio ocorre depois que tanques e veículos blindados dos Estados Unidos entraram no sul de Bagdá, nos subúrbios da cidade pela primeira vez, segundo autoridades americanas. Resistência Os soldados teriam encontrado resistência e entrado em confronto com unidades da Guarda Republicana do Iraque. Duas forças-tarefa subiram até o rio Tigre vindas dos arredores, no sul de Bagdá, antes de se dirigirem para o aeroporto, segundo informações do general de brigada Victor Renuart, no quartel-general das forças americanas em Doha, no Catar. Segundo Renuart o objetivo das incursões é deixar claro ao presidente do Iraque, Saddam Hussein, que as forças da coalizão podem se mover dentro de fora da capital iraquiana "quando quiserem". Autoridades do Pentágono acrescentaram que os soldados também queriam testar a capacidade dos iraquianos de responderem aos ataques e outras operações tendo alvos mais específicos devem ocorrer. Pela primeira vez, desde o início da guerra, tanques iraquianos e equipamentos pesados foram mandados para o centro de Bagdá. Logo antes do início da noite em Bagdá uma bomba explodiu no centro da cidade, perto do hotel onde estão a maioria dos jornalistas estrangeiros cobrindo a ação militar no país. Horas depois duas grandes explosões foram ouvidas no centro da cidade. Segundo correspondentes não é possível confirmar as alegações de que os soldados americanos teriam alcançado o centro da cidade. O repórter da BBC que está em Bagdá, Rageh Omar, cujas atividades estão restritas pelas autoridades iraquianas, afirmou que não viu soldados americanos no centro. O ministro da Informação do Iraque, Mohammed Saeed al-Sahaf, fez um pronunciamento transmitido pela televisão iraquiana. Segundo al-Sahaf o pronunciamento seria do presidente iraquiano Saddam Hussein e pede ao povo e ao exército do Iraque para aumentar os ataques a soldados americanos e britânicos que estão no país. Segundo o pronunciamento, os soldados estariam se concentrando em Bagdá e enfraquecendo suas defesas em outros locais do Iraque. Em uma entrevista ao canal de televisão Al-Jazeera, al-Sahaf negou que soldados americanos tenham conseguido entrar em Bagdá. Segundo ele, as imagens mostradas não são dos arredores no sul da cidade, mas de um distrito perto do aeroporto. Menos ataques O general de divisão Michael Moseley afirmou que os ataques aéreos a Bagdá começaram a diminuir. Segundo o militar ainda há soldados da Guarda Republicana iraquiana na cidade pois "nem todos foram mortos, mas os que ainda estão por perto estão debilitados". "O equipamento está lá e algumas da pessoas ainda estão lá, mas, no que diz respeito à força das divisões, não é a mesma das últimas semanas", disse. Há informações de que as batalhas mais severas estão ocorrendo em volta do perímetro do Aeroporto Internacional de Bagdá, no sudoeste da cidade. Comandantes militares americanos afirmam que o aeroporto já foi tomado pelos soldados e que pelo menos mil soldados iraquianos foram mortos no confronto. O general-de-brigada Victor Renuart afirmou que mais soldados estão sendo enviados para o local para que o aeroporto seja transformado em uma base para os soldados. As declarações de Renuart contradizem a afirmação do ministro da Informação iraquiano, Mohammed Saeed al-Sahaf, que disse que soldados do

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