Segundo Omar Aziz, Pazuello “estava com um habeas corpus debaixo do braço, que permitia que ele falasse o que ele quisesse, que nada poderia acontecer com ele. Por isso que ele está sendo reconvocado, vai ser reconvocado na quarta-feira”, afirmou o senador, a jornalistas.
Por Redação - de Brasília
Reunidos virtualmente neste domingo, sob a coordenação do presidente da CPI da Covid no Senado, Omar Aziz (PSD-AM), os integrantes da CPI da Covid concordaram em convocar, mais uma vez, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. A mesma decisão se extende ao atual ministro, Marcelo Queiroga.
Segundo Omar Aziz, Pazuello “estava com um habeas corpus debaixo do braço, que permitia que ele falasse o que ele quisesse, que nada poderia acontecer com ele. Por isso que ele está sendo reconvocado, vai ser reconvocado na quarta-feira”, afirmou o senador, a jornalistas.
— A gente espera que a gente possa trabalhar sem a ingerência do Supremo nessa questão, até porque, se o ministro Lewandowski assistiu ao depoimento na CPI, ele disse ‘não posso dar de novo habeas corpus pro cara mentir’ — afirmou Aziz.
Relatório parcial
O requerimento para a reconvocação de Pazuello partiu do senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), e contou com o apoio de Aziz.
— O Pazuello foi lá e defendeu Bolsonaro como se estivesse defendendo o filho dele. Talvez um pai não mentisse tanto pelo filho como o Pazuello mentiu pelo Bolsonaro — disse o presidente da CPI. A data do novo depoimento será estabelecida ao longo desta semana.
Aziz citou, ainda, os oito depoimentos já prestados e disse que o relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), deverá apresentar um relatório parcial com as contradições dos depoentes, em especial, do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello para serem investigadas pelo Ministério Público.