Rio de Janeiro, 13 de Fevereiro de 2025

Servidores fazem paralisação e pedem reajuste salarial em Pernambuco

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Terça, 14 de Junho de 2016 às 10:10, por: CdB

Já entre as principais exigências que afetam as contas públicas está o reajuste do vale-alimentação recebido pelos funcionários públicos estaduais, de R$ 7 para R$ 15,70

Por Redação, com ABr - de Pernambuco:

Servidores de secretarias, autarquias e fundações de Pernambuco iniciaram nesta terça-feira uma paralisação de 48 horas para pressionar o governo a avançar nas negociações com a categoria. Um ato foi realizado pela manhã em frente ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo. À tarde, os manifestantes devem ir à Assembleia Legislativa.

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Entre as reivindicações, figuram questões ligadas a categorias específicas, que sem impacto financeiro, de acordo com Renilson

A paralisação é de advertência. De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Civis do Estado de Pernambuco (Sindserpe), Renilson de Oliveira, uma mesa de negociação vem sendo realizada, mas sem avanços.

– Queremos uma proposta conclusiva. Há diálogo, mas não existe negociação de fato – disse. Os servidores rebatizaram o espaço de “mesa de espera”, frase exposta em uma das faixas usadas no protesto desta terça.

Entre as reivindicações, figuram questões ligadas a categorias específicas, que sem impacto financeiro, de acordo com Renilson. Um exemplo é a incorporação, nos vencimentos, de uma gratificação recebida pelos servidores do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (Itep).

Vale congelado

Já entre as principais exigências que afetam as contas públicas está o reajuste do vale-alimentação recebido pelos funcionários públicos estaduais, de R$ 7 para R$ 15,70. “Estamos com o vale congelado há nove anos”, reclama o sindicalista.

Com relação a reajuste salarial, a estratégia é pedir que seja feita uma readequação na tabela salarial dos servidores. “Ou seja, mudança no percentual das faixas salariais e entre classes, bem como o enquadramento por tempo de serviço”, explica o presidente do Sindserpe.

O sindicato representa 26 mil servidores da capital e do interior. A adesão, de acordo com Renilson, é de 60% da categoria. Com a mobilização desta manhã, os funcionários conseguiram uma reunião com a Casa Civil do governo. Na reunião, foi pedida audiência com o secretário de Administração, Milton Coelho, para esta quarta-feira.

A assessoria de imprensa da Casa Civil informou que o governo está aberto ao diálogo e que a reunião com o secretário de Administração vai ser marcada.

Integrantes do MST

Integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocupam, desde a madrugada de segunda-feira, a fábrica da Suzano Papel e Celulose, na cidade de Mucuri, Sul da Bahia. Segundo publicação do grupo no site do movimento, o objetivo é defender a reforma agrária e criticar o atual modelo de produção do agronegócio.

A empresa é uma multinacional que fabrica e exporta celulose de eucalipto, cuja plantação se caracteriza como monocultura, devido à característica da planta. Isso faz com que, segundo o MST, a diversidade de produção no território seja suprimida. Além disso, o movimento alega que o uso de agrotóxicos pela empresa prejudica as “poucas áreas cultivadas pelas famílias camponesas” e a monocultura do eucalipto provoca “o êxodo rural de milhares de famílias camponesas e povos originários”.

Outro argumento do movimento contra a Suzano é de que o cultivo exclusivo de eucalipto vem provocando a morte das nascentes de rios da região e o descontrole ambiental, como a invasão de borboletas do eucalipto em algumas cidades, o que teria provocado enfermidades.

Até o fechamento desta matéria, os integrantes que ocupam a fábrica Suzano e a assessoria de imprensa do movimento não foram localizados pela reportagem, para mais detalhes sobre as reivindicações e prazo para desocupação.

Em nota, a Suzano Papel e Celulose informou que o grupo ocupa a área externa em frente a uma das portarias da unidade, desde as 4h da manhã. A empresa disse que a ocupação restringe, parcialmente, o acesso e a circulação de veículos e pessoas. Apesar disso, “a fábrica está operando normalmente e a empresa já está tomando todas as medidas jurídicas necessárias”.

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