Abonado, Deltan Dallagnol soma mais recursos e prestígio político

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Publicado Sexta, 21 de Janeiro de 2022 às 13:05, por: CdB

Dallagnol, ex-subchefe da Operação Lava Jato, chefiada pelo hoje possível presidenciável e ex-juiz suspeito Sérgio Moro, recebeu R$ 191 mil do Ministério Público em dezembro de 2021. O valor é referente a uma indenização por férias não gozadas durante o período em que comandou a força-tarefa.

Por Redação - de Curitiba e São Paulo
Se um dia já foi pobre, a ponto de comprar um apartamento no programa Minha Casa, Minha Vida — instituído pela presidenta deposta Dilma Rousseff (PT) para atender às famílias de baixa renda — o ex-procurador federal Deltan Dallagnol terá mais dificuldades para se lembrar agora que sua poupança ficou cerca de R$ 200 mil mais recheada.
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O procurador Deltan Dallagnol gastou mais do que podia e agora é alvo do TCU
Dallagnol, ex-subchefe da Operação Lava Jato, chefiada pelo hoje possível presidenciável e ex-juiz suspeito Sérgio Moro, recebeu R$ 191 mil do Ministério Público em dezembro de 2021. O valor é referente a uma indenização por férias não gozadas durante o período em que comandou a força-tarefa. A remuneração do hoje político filiado ao Podemos foi revelada em reportagem do diário conservador paulistano Folha de S. Paulo, nesta sexta-feira. Em entrevista ao jornal, Dallagnol não demonstrou um traço sequer de constrangimento moral pela remuneração recebida. Ele alega que o pagamento feito pelo MP a ele ao se desligar está dentro da legalidade. — Férias não gozadas devem ser, por força de lei, indenizadas — afirmou Dallagnol, que concorre a um cargo público, no cargo remunerado de diretor do Podemos com R$ 15 mil mensais.

Podemos

Integrantes do Ministério Público Federal têm direito a 60 dias de férias por ano, assim como ocorre também com os magistrados. O salário do ex-subchefe da Lava Jato na instituição era de R$ 34 mil brutos. Em dezembro, ele também recebeu outros R$ 17 mil a título de décimo terceiro, a gratificação natalina. Atualmente Dallagnol integra a diretoria paranaense do Podemos, onde recebe 15 mil reais mensais, segundo ele mesmo afirmou em publicação. Na crise instalada no Podemos nos últimos dias, causada pela rejeição de parlamentares da legenda à candidatura de Moro, a Presidência do Diretório Estadual poderá cair no colo de Dallagnol. Além da remuneração como dirigente partidário, Deltan vende cursos de ‘combate à corrupção’ na internet. Vale lembrar ainda que Dallagnol está envolvido diretamente no caso de pagamento ilegal de diárias e passagens aos procuradores da Lava Jato.
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